O relatório sobre veículos de investimento estatais da Global SWF mostrou que o valor dos ativos administrados por fundos soberanos caiu de US$ 11,5 trilhões para US$ 10,6 trilhões, enquanto em fundos de pensão públicos houve queda de US$ 22,1 trilhões para US$ 20,8 trilhões.
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O fenômeno ocorreu à medida que a invasão da Ucrânia pela Rússia impulsionou os preços de commodities e elevou taxas de inflação já crescentes para os maiores patamares em 40 anos. Em resposta, o Federal Reserve e outros grandes bancos centrais elevaram suas taxas de juros, causando uma crise global de vendas de ativos.
“Alguns dos fundos não verão essas perdas sendo realizadas diante de sua característica de investidores de longo prazo”, disse López. “Mas é bastante revelador sobre o momento em que estamos vivendo.”
O estudo, que analisou 455 investidores estatais com um total combinado de US$ 32 trilhões em ativos, indicou que o ATP da Dinamarca teve o ano mais difícil que qualquer outro fundo, com uma queda estimada de 45%, equivalente a uma perda de US$ 34 bilhões para aposentados dinamarquesas.
Um recorde de US$ 257,5 bilhões foram aplicados em 743 negócios, e fundos soberanos também acertaram um número recorde de transações na casa dos bilhões de dólares.
Cingapura
O fundo soberano de Cingapura, GIC, de US$ 690 bilhões, liderou, investindo mais de US$ 39 bilhões em 72 transações. Mais da metade disso foi aplicada em imóveis, especialmente ligados à logística.
A pesquisa também determinou que cinco dos 10 maiores investimentos já feitos por fundos estatais ocorreram em 2022. Entre eles, a injeção de US$ 7 bilhões de outro veículo de Cingapura, Temasek, na empresa de teste, inspeção e certificação Element Materials, do fundo de private equity Bridgepoint.
O levantamento também indica que os fundos soberanos do Golfo Pérsico como ADIA, Mubadala, ADQ, PIF e QIA vão se tornar muito mais ativos na compra de empresas do Ocidente, depois de terem recebido grandes injeções de receita advindas do petróleo no ano passado.