Às 15:45 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,62%, a R$ 5,13 na venda. A sessão é de menor liquidez por causa de feriado de Martin Luther King Jr. nos Estados Unidos.
Na B3, às 15:45 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,74%, a R$ 5,15.
Lula avalia elevar o salário mínimo deste ano para acima dos R$ 1.320 prometidos pelo governo, disse a Broadcast, agência do jornal O Estado de S.Paulo, citando técnicos da equipe econômica. O Ministério da Fazenda é contrário à proposta, e o valor final e a data de início de vigência ainda não foram definidos, segundo a reportagem.
Questionado pela Reuters, o Ministério da Fazenda afirmou que a posição da pasta sobre o salário mínimo foi externada pelo ministro Fernando Haddad em entrevista à imprensa. Na ocasião, Haddad indicou que o salário mínimo neste ano ficará em R$ 1.302, como proposto pelo governo anterior e que já está em vigor, sem aumento adicional. O ministro argumentou que o valor já representa um ganho de 1,4% acima da inflação e atende a promessa de Lula de conceder reajustes reais anuais ao mínimo.
No mercado, alguns analistas vinham mencionando nas últimas sessões como positivo para o real rumores de que o salário mínimo de R$ 1.320, com reajuste de 3% acima da inflação, poderia entrar em vigor apenas dentro de alguns meses. Segundo eles, isso teria efeito positivo nas contas públicas, à medida que o valor é indexador de outras despesas.
O dólar exibia alta de cerca de 0,2% contra uma cesta de moedas fortes, enquanto também apresentava ganhos ante os principais pares emergentes do real.
A queda de commodities, como o minério de ferro, também foi citada por analistas como um fator desfavorável ao real na sessão.
Localmente, além da questão do salário mínimo, a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Fórum Mundial Econômico, em Davos, estava em foco. Na Suíça, ele afirmou a jornalistas que sua participação no fórum será focada em transmitir mensagens de compromisso fiscal, sustentabilidade e defesa da democracia.
Mais cedo, o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda a uma plateia de empresários da indústria que o governo do presidente Lula não removerá a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e afirmou que a meta é extinguir o imposto.