A ideia surgiu no fim de 2019, quando os executivos notaram uma onda de digitalização no mercado. Mesadas, por exemplo, que costumavam ser pagas em dinheiro, passaram a ser depositadas em contas-correntes ou a serem convertidas em limites de cartões de crédito. Essa tendência se acelerou em 2020, com a pandemia. E os executivos notaram que as mudanças poderiam trazer consequências negativas para as crianças se os novos recursos não fossem usados da maneira correta.
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Israeli, CFO da fintech, também conta que, como mãe de três jovens, o assunto chamou muito a sua atenção e a fez querer entrar no negócio. “Antes da Mozper nós não sabíamos como era usado o dinheiro que dávamos aos nossos filhos e isso mudou com a fintech”, conta.
Assim, os executivos desenvolveram um sistema de assinatura no qual os pais têm a opção de pagar R$ 25 mensalmente ou R$ 228 por ano para ter acesso aos recursos do aplicativo, que incluem o cartão de crédito e todas as funcionalidades voltadas para a gestão do dinheiro de seus filhos. “Os pais conseguem recompensar seus filhos por atividades benéficas para eles mesmos, além de ajudar a destinar a quantia certa para cada atividade, como alimentação, consumo e poupança”, conta Roizner.
Os executivos explicam que o processo busca maximizar a segurança dos jovens desde o momento do registro no aplicativo, que só solicita dados dos pais, até o uso do cartão, que é limitado para compras compatíveis com a idade das crianças. “O cartão é limitado para ser usado da forma correta, então ele não permite o pagamento de apostas online, sites como Onlyfans e muitas outras opções que os pais não aprovariam”, explica Israeli.
Operando no Brasil
Após operar por mais de um ano remotamente no mercado mexicano, a fintech precisou suspender suas operações por mudanças regulatórias do país. Nesse meio tempo, os executivos decidiram explorar o mercado brasileiro.
“Logo que chegamos no país nós percebemos que o consumidor brasileiro ficou muito animado com o produto e conseguiu entender com muita facilidade o valor que ele tem na educação financeira de seus filhos e também na sua própria organização com o dinheiro”, explica Israeli. “Nós encerramos o ano com aproximadamente 100 mil famílias pagantes e esperamos triplicar esse número em 2023.”
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Os executivos afirmam que pretendem, em um futuro próximo, fazer parcerias para disponibilizar investimentos e doações seguras dentro da plataforma. “Nós vamos continuar adicionando ferramentas ao longo dos meses para criar uma experiência completa de educação financeira de toda a família, não só das crianças”, diz o CEO.
Hoje, a meta da companhia é ajudar pais e crianças a atingir mais de US$ 2 milhões de em metas de economia.