Nesses momentos, aumenta o interesse dos investidores pelas operações day-trade, aquelas em que um determinado ativo financeiro é comprado e vendido no mesmo dia, de modo a lucrar com as diferenças de preço. As vantagens em relação a estratégias de prazo mais longo são a obtenção de resultados rápidos e a possibilidade potencial de operar com menos dinheiro. Ao comprar e vender no mesmo dia, o investidor não imobiliza capital.
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Trajetória
Gonçalvez tem experiência no assunto. Começou a operar no mercado financeiro em 2006. A inspiração foi um funcionário da estatal em que fazia estágio. O colega acompanhava o mercado, o que atraiu a curiosidade do estagiário. “Ele disse que, para investir em ações, eu precisaria estudar muito e ter dinheiro. Dinheiro eu não tinha, mas decidi aprender”, diz.
Quando melhorou sua renda, ele separou R$ 3 mil para investir, já em 2009. Ele especulou com ações de empresas privadas, como Agrenco, Parmalat, Kepler Weber e Mundial e aumentou seu capital para R$ 15 mil. “Fiquei animado, mas logo perdi tudo”, diz. A partir daí, ele tentava reduzir os riscos. “Eu saía antes de a operação atingir todo o potencial”, diz. “O medo me impedia de extrair todo o lucro do day trade.”
Alguns anos depois, em 2015, o gestor conseguiu viver apenas do day trade. Para isso, ele concluiu, o mais importante é a preparação psicológica. “O investidor precisa saber ganhar sem se exaltar e perder sem se traumatizar”, explica. Em 2018, a Genial Investimentos, o contratou para atuar como influenciador, e em 2020 ele recebeu um convite do BTG Pactual. Gonçalvez fundou a Box em 2021. Em um ano, o capital saiu de R$ 20 milhões para R$ 130 milhões. “Nosso objetivo é superar os R$ 300 milhões em 2023”, diz ele.