O fechamento em alta ocorreu mesmo após o Ministério da Fazenda informar no fim de tarde que o governo vai retomar a cobrança de impostos federais sobre combustíveis nesta semana após o final do prazo da desoneração para gasolina e etanol, que se encerra no fim de fevereiro. A decisão foi uma vitória para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,20, em alta de 0,16%.
Após a alta de 1,22% do dólar na sessão anterior, na última sexta-feira (24), os participantes do mercado brasileiro iniciaram os negócios hoje (27) em compasso de espera. As atenções estavam voltadas para Brasília, onde Haddad e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, negociavam uma solução para os combustíveis.
Em meio aos receios de que a desoneração poderia continuar — o que pesaria nos cofres do governo –, o dólar pouco se afastou da estabilidade.
“O que a gente acha é que o mercado de câmbio está trabalhando com um pouco de proteção, por conta da indefinição por parte do governo nesta história dos combustíveis”, comentou durante a tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.
Na reta final dos negócios, o Ministério da Fazenda informou que a cobrança de impostos sobre combustíveis será totalmente retomada. A pasta contava com o retorno da tributação, sem nova prorrogação da desoneração ou retorno gradual das cobranças, disseram à Reuters duas fontes que acompanhavam o tema.
Ainda assim, o dólar encerrou o dia no território positivo. No exterior, a tendência era outra.
Às 17h45 (de Brasília), o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– caía 0,49%, a 104,660.
A disputa maior tende a ser na manhã de terça-feira, mas algumas mesas citavam certo esforço dos comprados, já na sessão de hoje (27), para que as cotações seguissem em patamares elevados.
Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16 mil contratos de swap ofertados na rolagem dos vencimentos de abril.