O assunto do dia é a inflação dos Estados Unidos, medida pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). A divulgação dos dados está prevista para às 10:30 (horário de Brasília).
À espera dos números, investidores adotaram o modo otimista e o Ibovespa abriu em alta, com um avanço de 0,56% após o leilão inicial, a 109.440 pontos. Ontem (14), o índice de ações fechou em alta de 0,70%, acompanhando as bolsas de Nova York.
Em entrevista ao programa da TV Cultura Roda Viva ontem, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sinalizou que a percepção de risco do país pode melhorar com o novo arcabouço fiscal, de modo que seria viável considerar a queda dos juros. A reforma tributária ele também vê como um elemento importante para a estabilidade econômica.
Por outro lado, Campos Neto afirmou que uma mudança na meta da inflação “terá o efeito contrário ao desejado”, com o prêmio de risco sendo ampliado, não diminuído. “Nós não estudamos mudança de meta. Nós não entendemos que a meta é um instrumento de política monetária”, afirmou.
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Enquanto isso, investidores voltam suas atenções para a inflação nos Estados Unidos. A mediana de projeções para o índice geral do CPI é de alta de 0,5% em janeiro, uma forte aceleração em relação aos 0,1% de dezembro. Na base anual, o acumulado estimado é de 6,2%.
O aumento estimado por economistas é para cobrir a possibilidade de repiques que eles acreditam poder acontecer após meses de desaceleração. Os futuros de Nova York operam no azul nesta manhã, o que indica que os investidores estão confiantes de que os aumentos de preços estejam perdendo forças.
Se ficar comprovado nos números do CPI, a expectativa é de que o Federal Reserve estabilize o aumento dos juros, que já está em 4,75% ao ano, no momento.
No Ibovespa, a temporada de balanços também segue movimentando as negociações. Ontem (13), o Banco do Brasil (BBAS3) apresentou uma alta de 52,4% no lucro líquido do quarto trimestre de 2022, para R$ 9,04 bilhões.
Para hoje são esperadas as divulgações da JSL (JSLG3), da Raízen (RAIZ4) e da Totvs (TOTS3).
O dólar à vista registrava queda de 0,44%, a R$ 5,15 às 10h (horário de Brasília). No dia anterior, a moeda norte-americana fechou com baixa de 0,87%, a R$ 5,1765.