A análise é da revista britânica The Economist. Desde 1986 ela publica anualmente o índice Big Mac, que compara o preço do sanduíche mais famoso do McDonald’s em diferentes países.
A publicação considera a teoria da paridade de poder de compra (PPP) para calcular o índice. Segundo essa teoria, “no longo prazo, as taxas de câmbio devem se mover em direção a uma taxa que igualaria os preços de uma cesta idêntica de bens e serviços (neste caso, o hambúrguer do McDonald’s) em quaisquer dois países”.
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Considerando que o Big Mac estava custando US$ 5,36 nos EUA, em média, no ano passado e R$ 22,90 no Brasil (US$ 4,59, na cotação atual), a diferença na taxa de câmbio indica que o real está subvalorizado. A The Economist calcula que a subvalorização é de 17,2%.
Há dez anos, o sanduíche custava R$ 11,25 no Brasil e US$ 4,03 nos Estados Unidos. Naquela ocasião, a situação era inversa: o real estava valorizado em 40%. A revista estima que o preço do dólar no país deveria ser de R$ 2,79 naquele momento e estava valendo R$ 1,99.
Big Mac ao redor do mundo
- Suíça: +35,4%
- Uruguai: +27,8%
- Noruega: +22,9%
- Suécia: +4,8%
- Dinamarca: +0,9%
O país em que o sanduíche é o mais barato do mundo é o Egito. A libra egípcia apresenta uma desvalorização frente ao dólar de 65,6%. Por lá, o Big Mac custa 55 libras e o dólar está avaliado em 10,26 libras egípcias. O The Economist calcula que a moeda norte-americana deveria valer 29,84 libras no país.
Os cinco países com moeda mais desvalorizada no índice Big Mac são:
- Egito: –65,6%
- Indonésia: –56,1%
- Taiwan: –53,9%
- Ucrânia: –53,5%
- Índia: –52,7%