Na nota, a livraria afirma que “recebemos com muita alegria, no início desta manhã, que a ação de falência foi suspensa. O momento agora é de focar nos projetos que estamos desempenhando em busca da recuperação e expansão da empresa. As operações das duas lojas físicas (Conjunto Nacional em São Paulo, e Bourbon Shopping Country em Porto Alegre) site, Hub Cultura e programação do Teatro Eva Herz operam normalmente.”
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A Cultura havia tido sua falência decretada no dia 9 de fevereiro pelo juiz Ralpho Waldo de Barros Monteiro Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. Na sentença, apesar de reconhecer a importância da Livraria Cultura, Monteiro Filho afirmou que o grupo não conseguiu superar sua crise econômica. O plano de recuperação judicial não vinha sendo cumprido e a empresa não informava completamente as execução do Plano de Recuperação Judicial (PRJ).
A Cultura recorreu da decisão na terça-feira (14). A empresa admitiu que chegou a atrasar alguns pagamentos previstos no plano de recuperação, por causa da pandemia e da situação econômica do país —mas afirmou que hoje está em dia com os compromissos apontados pela administradora judicial como pendentes. A lista incluiria credores trabalhistas, micro e pequenas empresas e titulares de crédito de até R$ 6.000.
Outro problema apontado na decretação da falência foi o fato de a Cultura estar negociando sua dívida com o Banco do Brasil diretamente, em vez de submeter as tratativas à comissão dos credores. Esse foi o argumento de descumprimento do plano que motivou o pedido de falência. Os advogados que assessoram a Cultura afirmaram que empresa é economicamente viável e que seguir com a recuperação judicial é melhor para os credores do que falir.