Cenário
O mercado segue volátil, tanto no Brasil quanto no exterior. É fácil entender o motivo. Estamos no meio de um processo de ajuste de expectativas e preços a juros mais altos, economia menos aquecida e bancos centrais aprofundando a implantação de políticas monetárias mais ativas e agressivas.
Esses ajustes nunca ocorrem sem volatilidade. Há um tempo necessário para que os investidores corrijam as estratégias de suas carteiras. Daí, por exemplo, a baixa do dólar ontem (2) e a volatilidade do índice americano Nasdaq.
Perspectivas:
O “non-farm payroll”, ou situação do emprego não-agrícola, é o indicador mais importante para o mercado de trabalho dos Estados Unidos. E neste momento, essa é a variável determinante. Apesar do que aparece no noticiário, não há uma crise de emprego americana.
O movimentos de redução do número de trabalhadores é visível nas empresas de tecnologia. No entanto, elas representam cerca de 2% do total dos empregos nos Estados Unidos. Mesmo que reduzam sua mão de obra pela metade (o que é improvável), isso vai representar 1% do total. Outros setores, como turismo e hotelaria, setor intensivo em mão de obra e que representa entre 10% e 15% do total de trabalhadores (dependendo das métricas), segue contratando.
O emprego é a variável com o maior tempo de reação. As empresas demoram a demitir quando a atividade desacelera, para evitar os custos de recontratação e treinamento de um novo funcionário. E, da mesma forma, as empresas esperam ter certeza da retomada da atividade antes de recontratar. Por isso, indicações de um custo de mão-de-obra ainda elevado pode aumentar as expectativas de juros americanos mais altos.
Indicadores:
– Produção Industrial Mensal (Dez)
Projeção: ND
Anterior: – 0,1%
– Produção Industrial Anual (2022)
Projeção: – 1,1%
Anterior: 0,9%
Estados Unidos
– Emprego não-agrícola / Non farm payroll (Jan)
Projeção: 185 mil
Anterior: 223 mil
– Taxa de Desemprego (Jan)
Projeção: 3,6%
Anterior: 3,5%
Projeção: 50,4
Anterior: 49,6