Emy Shayo e equipe afirmam considerar há algum tempo que o cenário provável era de que a bolsa vivia o pico do pessimismo, mas que os preços mostraram que sempre pode piorar.
Na semana passada, o Ibovespa fechou abaixo dos 100 mil pontos pela primeira vez desde julho de 2022, enquanto o EWZ – índice de referência global para as ações brasileiras – tocou mínimas desde os primeiros meses de 2020, no auge da pandemia de Covid no Brasil.
A equipe do JPMorgan manteve a recomendação “overweight” para as ações no Brasil, acrescentando que tende a ver “o copo meio cheio”, mas reconheceu que tem sido “muito doloroso”. “Estruturalmente falando, existem vários elementos que não necessariamente defendem uma postura otimista sobre o Brasil.”
Para os estrategistas, tecnicamente, o mercado parece pronto para uma alta, mas eles ponderam que esse foi o caso na semana passada e na anterior. Eles avaliam que o pacote fiscal é a grande informação pendente, e o movimento das taxas de juros é o que parece interessante, capaz de levantar o mercado.
Na última quarta-feira, o Banco Central manteve a Selic em 13,75% ao ano e esfriou expectativas de um corte em breve ao reforçar que “irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas, que mostrou deterioração adicional”.