Alívio na bolsa com aceno de Simone Tebet às demandas do mercado

9 de março de 2023

Nesta quinta-feira (9), o Ibovespa teve uma leve baixa de 1,38% a 105.071,19 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 32,1 bilhões. Nesta tarde, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o planejamento do novo arcabouço fiscal também levará em consideração a satisfação do mercado, e os detalhes ainda serão divulgados por Fernando Haddad após o projeto ser aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Vai agradar a todos, inclusive ao mercado”, disse Tebet a jornalistas ao deixar o Ministério da Fazenda, onde se reuniu com o ministro Fernando Haddad para tratar do tema. Quando questionada sobre se a divulgação do arcabouço acontecerá ainda no mês de março, ela disse acreditar que sim.

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Lucas Almeida, especialista da AVG Capital, diz: “a proposta do novo arcabouço fiscal deve levar em consideração não apenas as necessidades locais, mas também as tendências e movimentos do mercado global. Os investidores estão atentos às próximas notícias e desdobramentos desse tema, já que a implementação de um orçamento sólido e coerente pode ter um impacto significativo na economia do país”.

Entre os destaques do dia, a seguradora de saúde Hapvida (HAPV3) cedeu 29,30% a R$ 1,93, logo após de ter anunciado que está avaliando alternativas para fortalecer sua estrutura financeira, o que inclui a possibilidade de um aumento de capital por meio de emissão de novas ações, o que afetou os papéis. 

Na ponta positiva, a Locaweb (LWSA3) teve uma alta de 22,36% a R$ 5,80. Além disso, o setor de aviação segue em alta, com a CVC (CVCB3), Azul (AZUL4), e Gol (GOLL4) subindo, respectivamente, 14,17% a R$ 4,19, 12,02% a R$ 13,42 e 10,69% a R$ 7,87. 

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street fecharam em baixa com um aumento acima do esperado nas solicitações semanais de auxílio-desemprego. Apesar de amenizar a preocupação do mercado com relação a um aumento dos juros americanos, o indicador lançou uma sombra de dúvida sobre os resultados futuros das empresas.

Almeida afirma: “Quase um terço do setor de tecnologia foi responsável por essa desaceleração no mercado de trabalho. Isso coloca um contraponto na próxima reunião do FED e sobe ainda mais as expectativas sobre o Payroll, que será divulgado amanhã e também os dados de inflação americana da próxima terça-feira (14).”

Na Europa, os mercados fecharam em baixa com investidores cada vez mais preocupados com as perspectivas de as taxas de juros permanecerem altas por mais tempo. O setor imobiliário recuou 3,2%, para mínima em mais de dois meses.

Na Ásia, as ações da China e de Hong Kong caíram uma vez que a desaceleração da inflação ao consumidor aponta para uma recuperação econômica fraca, enquanto tensões geopolíticas persistentes reduziram o apetite por risco.

(Com Reuters)