Azul tem prejuízo 40% maior no 4º trimestre, mas projeta receita recorde em 2023

6 de março de 2023
Rahel Patrasso/Reuters

Guichê da Azul no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP)

A companhia aérea Azul divulgou hoje (6) que teve um prejuízo líquido ajustado do quarto trimestre maior na comparação anual, mas afirmou que espera um desempenho melhor à frente graças a um acordo com os arrendadores de aeronaves para reduzir os pagamentos.

A Azul afirmou mais cedo que o acordo deve permitir que seu fluxo de caixa seja positivo em 2024. Ao mesmo tempo, projeta uma “redução significativa” no investimento em 2023 e nos anos seguintes.

“Olhando para 2023, estamos animados pelo forte ambiente de demanda e pelas importantes conquistas da nossa malha”, afirmou o presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, destacando que a empresa passou a oferecer rotas para Paris e Curaçao e elevará o número de voos para os Estados Unidos.

A Azul estimou receita recorde de R$ 20 bilhões e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também recorde de mais de R$ 5 bilhões, aproximadamente 40% acima em comparação com os níveis pré-pandemia em 2019, acrescentou Rodgerson no material do balanço.

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As ações da Azul listadas nos Estados Unidos exibiam alta de mais de 20% no pré-mercado.

Isso ocorria apesar do prejuízo líquido ajustado de R$ 610,5 milhões no quarto trimestre de 2022, alta de 40% sobre o desempenho negativo de um ano antes, segundo o balanço.

A companhia apurou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de cerca de R$ 1,1 bilhão, crescimento de 6,9% sobre o mesmo período de 2021.

A receita líquida somou R$ 4,45 bilhões nos três meses encerrados em dezembro, avanço de 19,4% na mesma comparação.