“Em 31 de dezembro de 2022, o controle interno do grupo sobre os relatórios financeiros não era eficaz e, pelos mesmos motivos, a administração reavaliou e chegou à mesma conclusão em relação a 31 de dezembro de 2021”, afirmou o banco suíço em comunicado divulgado hoje (14).
O auditor PricewaterhouseCoopers incluiu no resultado anual do Credit Suisse uma “opinião adversa sobre a eficácia do controle interno do grupo sobre relatórios financeiros”.
A fragilidade nos controles foi divulgada em um momento em que o Credit Suisse busca se recuperar de uma série de escândalos que minaram a confiança de investidores e clientes. As saídas de clientes no quarto trimestre aumentaram para mais de 110 bilhões de francos suíços (US$ 120 bilhões).
Nesta terça-feira, o banco disse que “as saídas (tinham) se estabilizado em níveis muito mais baixos, mas ainda não tinham se revertido”.
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O custo do seguro contra uma inadimplência da dívida do Credit Suisse subiu para um recorde, segundo a S&P Global Market Intelligence. Bancos de todo o mundo foram afetados por uma onda de vendas motivada pelo fechamento de bancos norte-americanos na semana passada, entre eles o SVB, que forçou intervenção de reguladores para garantia dos depósitos.
O regulador suíço FINMA disse na véspera que está tentando identificar quaisquer riscos potenciais de contágio para os bancos e seguradoras do país após as falências dos bancos dos EUA.
Programado para ser divulgado na semana passada, o relatório anual foi adiado após um pedido da Securities and Exchange Commission (SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos EUA), que levantou questões sobre as demonstrações financeiras anteriores do banco.
O banco suíço afirmou hoje que está trabalhando em um “plano de correção” e implementará “controles robustos para garantir que todos os itens não monetários sejam classificados adequadamente na demonstração consolidada dos fluxos de caixa”.