A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 0,63%, a 5,2715 reais na venda. No acumulado da semana, o dólar avançou 1,22%.
Márcio Riauba, chefe da mesa de câmbio da StoneX, disse que essa alta refletiu em parte uma “bela ressaca do movimento visto ontem”, quando o dólar fechou o dia cotado a 5,2387 reais na venda, forte baixa de 1,05%.
Em uma crise que começou com o colapso do Silicon Valley Bank, com sede nos Estados Unidos, na última sexta-feira, os investidores perderam a confiança nos bancos regionais norte-americanos e no Credit Suisse, da Europa, mesmo após a intervenção de autoridades para sustentar o moral dos mercados.
“Neste estágio, não está totalmente claro se as ações das autoridades foram suficientes para conter as preocupações bancárias… Com a volatilidade ainda muito alta, continuamos cautelosos”, disse o Citi em relatório.
O índice do dólar contra uma cesta de pares fortes caía 0,5% nesta tarde, mas o movimento estava ligado principalmente ao tombo dos rendimentos dos Treasuries (títulos do governo dos EUA) em meio ao estresse no setor bancário norte-americano, e não a uma melhora no apetite por risco internacional, disseram operadores.
A maioria dos participantes do mercado precifica uma alta de taxa de 0,25 ponto percentual pelo Federal Reserve no dia 22 de março, mas uma minoria relevante (37%) não espera qualquer alteração nos juros norte-americanos no encontro de política monetária. No Brasil, a expectativa é de manutenção da Selic em 13,75%.
Enquanto isso, investidores seguem na expectativa pela divulgação do novo arcabouço fiscal do Brasil, depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta sexta-feira com ministros da área econômica para discutir a proposta para as contas públicas.
Lula recebeu a proposta preparada pela equipe econômica na quarta-feira, e afirmou que queria ter o projeto definido antes da viagem para a China mais tarde neste mês.