O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou alta em março de 0,69%, depois de ter subido 0,76% em fevereiro, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
Com o alívio no avanço do índice, o IPCA-15 acumula em 12 meses até março alta de 5,36%, de 5,63% em fevereiro. A meta para a inflação este ano é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.
As expectativas em pesquisa da Reuters eram de altas de 0,65% no mês e de 5,30% em 12 meses.
Em março, oito dos nove grupos pesquisados apresentaram alta, com destaque para Transportes, responsável pela maior variação e o maior impacto no índice.
Por outro lado, Alimentação e bebidas subiu 0,20%, depois de alta de 0,39% em fevereiro. O movimento se deveu principalmente às quedas nos preços de produtos como batata-inglesa (-13,14%), tomate (-6,34%), cebola (-12,13%) e óleo de soja (-2,47%).
O único grupo a apresentar queda em março foi Artigos de residência, de 0,18%, com redução de 1,81% dos itens de TV, som e informática.
O Banco Central decidiu nesta semana manter a taxa Selic em 13,75% e não indicou um eventual afrouxamento à frente, o que voltou a irritar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A expectativa no mercado é de que a inflação deve permanecer elevada à frente, ainda que desacelerando de forma gradual.
A pesquisa Focus mais recente realizada pelo Banco Central junto ao mercado mostra que a expectativa é de que o IPCA encerre este ano com alta acumulada de 5,95%, indo a 4,11% em 2024.
Já o BC voltou a piorar suas projeções para os preços –em seu cenário de referência, as estimativas para a inflação estão em 5,8% para 2023 (contra 5,6% na reunião anterior) e 3,6% em 2024 (ante 3,4%).