O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que a taxa de desemprego ficou em 8,6% no período, o que representa alta em relação à taxa de 8,1% registrada no trimestre imediatamente anterior, até novembro, e é a mais alta desde os três meses encerrados em setembro (8,7%).
No entanto, o resultado da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua é o mais baixo para o período de três meses encerrados em fevereiro desde 2015, e ficou ligeiramente abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 8,7%.
No trimestre encerrado em fevereiro o número de desempregados aumentou 5,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em novembro, chegando a 9,224 milhões de pessoas. Na comparação com o período homólogo, no entanto, houve queda de 23,2%.
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“No trimestre encerrado em fevereiro, esse aumento do desemprego ocorreu após seis trimestres de quedas significativas seguidas, que foram muito influenciadas pela recuperação do trabalho no pós-pandemia. Voltar a ter crescimento da desocupação nesse período pode sinalizar o retorno à sazonalidade característica do mercado de trabalho”, afirmou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
Isso levou o nível de ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, a 56,4%, queda de 1,0 ponto percentual na mesma comparação.
“Nos primeiros meses do ano, há um movimento praticamente conjugado, de retração da população ocupada e a expansão do desemprego. Isso é ligado tanto às dispensas dos trabalhadores temporários que costumam ser contratados no fim do ano quanto à maior pressão do mercado de trabalho após o período de festas”, explicou Beringuy.
Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegaram a 36,812 milhões, alta de 0,1% na comparação entre os trimestres, enquanto os que não tinham carteira caíram 2,6%, a 12,960 milhões.