“Chegou a hora da criptoeconomia”, diz presidente da CVM na Rio2C

11 de abril de 2023

João Pedro Nascimento, presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários)

Para João Pedro Nascimento, presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a tokenização de ativos tem potencial para desempenhar um papel importante na agenda verde de empresas e do país, principalmente no que diz respeito à organização e segurança dos créditos de carbono.

Segundo ele, a CVM já trabalha em um parecer para a regulamentação dos criptoativos. “Precisa de uma regulamentação pouco invasiva para este mercado crescer e se desenvolver”, disse Nascimento em palestra no festival de criatividade e inovação Rio2C, que começou hoje (11) e vai até domingo (16).

Na mesa de debates “O Futuro é Verde e Digital”, da summit Crypto & Carbon e coordenada pela Forbes Brasil, o presidente da CVM disse que o lançamento do real digital em 2024 vai ajudar a impulsionar o setor. “A criptoeconomia vai prosperar muito nos próximos anos. O real digital vai redistribuir as cartas deste jogo”, disse o presidente da CVM.

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Dentro dessa agenda, Nascimento acredita que o país tem um papel importante a desempenhar no que diz respeito à agenda verde. A expectativa dele é que ativos ambientais do Brasil possam integrar as carteiras dos investidores nacionais e internacionais.

“Queremos que o mundo enxergue o Brasil, porque temos uma avenida de oportunidades. Queremos dar mais espaço para o mercado voluntário de carbono. Ampliar ao máximo esse mercado”, disse Nascimento.

O mercado de carbono atua na preservação de florestas e outros recursos naturais do país. Para o presidente da CVM, outros ativos também podem desempenhar esse papel. Ele cita NFTs especiais de animais nativos, como a Arara Azul, que destina os recursos captados para comunidades ribeirinhas.