Aproveitando o ensejo reflexivo de um início de ano de movimento pertencente a um mundo vivo, abro as portas dos diálogos fraternos da sala de estar para falar sobre união.
Entram os novos ciclos, com a inevitável retrospectiva particular do que se passou, e as óbvias projeções para um futuro, que o ímpeto de empreendedor clama a todos nós e pede por ação.
Afinal, nem mesmo nascer do mesmo ventre é sinônimo de similaridade em todos os adjetivos e experiências vividas; irmandade não garante unanimidade de ideias, mas, sim, de ideais, e o sobrenome da minha família traz consigo o princípio da construção e da continuidade.
Talvez não sejamos sempre compassivos, e não seja de bom grado a todos o cardápio da ceia, mas estaremos sentados ao redor da mesa partilhando em comunhão e pondo em prática o exercício da escuta, herdada por aquele que nos presentou com o mesmo sangue e por aprendizado nos ensinou que “só o amor constrói”.
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Quanta força tem um legado?
Nevaldo Rocha, meu pai, espelho e fundador, e quem tinha como religião a barriga no balcão e o trabalho como bandeira de revolução, é, e sempre será, o meu mestre. Mesmo ausente, ele se faz imortal e vivo em cada diretriz que tenho a responsabilidade e a alegria de posicionar o barco – sempre com a memória de onde vim e a consciência do esforço e da sede de mudança de nosso patriarca.
Os novos ventos e avanços pedem metamorfose e ar puro. Aprendi desde cedo como cultivar o tronco, mas que é inteligente podar as plantas, para reforçar o nada lúdico clichê: que assim se cresce mais forte e para novos lados.
Ao novo ano, gentilezas, renovação e fraternidade!
Flávio Rocha é presidente do conselho de administração do Grupo Guararapes.
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