O lançamento do novo produto ocorre em um momento em que os bancos regionais estão lutando após a crise do Silicon Valley Bank (SVB) para manter suas bases de clientes.
Tecnicamente, a Apple não tem uma licença bancária. A empresa está usando uma das frentes do Goldman Sachs Bank USA, também conhecido como Marcus, que tem uma licença estadual e é segurado pelo FDIC. No jargão das fintechs, a Apple é um neobanco, mas conta com a força incomparável de sua marca, dado que existem mais de dois bilhões de iPhones em todo o mundo, agora servindo como rede de agências do Goldman.
Em contraste, a Apple alcançou o primeiro lugar pelo décimo ano consecutivo em 2022 no ranking anual Global Best Brands da Interbrand. O único banco a entrar no top 25 foi o JPMorgan, classificado em 24º lugar, logo à frente do YouTube.
“A Apple está em alta velocidade e muitos bancos estão dirigindo a 30 km/h na faixa da direita”, diz Dan Ives, analista da Wedbush Securities.
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A nova conta poupança de alto rendimento está disponível apenas para clientes com cartão de crédito da Apple, o Apple Card. Esses usuários podem ter uma conta configurada em minutos e suas recompensas de gastos, chamadas de dinheiro diário, são canalizadas automaticamente para a conta de alto rendimento.
“A ideia é realmente manter tudo no ecossistema”, diz David Donovon, vice-presidente executivo de serviços financeiros da empresa de consultoria Publicis Sapient.
Os depósitos estão se tornando uma fonte maior de financiamento para o banco à medida que cresce o negócio de instituições de consumo e transações. A conta de poupança de 4,15% da Apple deve turbinar essa tendência.
Outras iniciativas
A nova conta é apenas a mais recente de uma série de ofertas financeiras de alto perfil da blue chip da tecnologia de Cupertino. No mês passado, a empresa começou a oferecer uma linha de crédito própria destinada ao consumo, um “compre agora, pague depois” (“buy now, pay later”), dando aos consumidores a opção de dividir os pagamentos em quatro parcelas sem juros ou taxas.
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Em todos os seus produtos financeiros, o Goldman Sachs opera em segundo plano, apesar de sua própria reputação formidável, sugerindo que eles estão apostando que os clientes não valorizam mais as colunas de mármore e as histórias veneráveis nas quais milhares de instituições financeiras redundantes seguradas pelo FDIC continuam a apostar.
O Goldman Sachs, de 154 anos, é essencialmente um player de infraestrutura não muito diferente da Evolve e Cross River, provedores bancários como serviço sem marca que atendem a outras fintechs.
“São parcerias como essas que podem basicamente tornar os bancos invisíveis”, diz Chris Nichols, diretor de mercado de capitais do SouthState Bank.