O valor acordado para a compra de 100% da Box não foi divulgado, mas a Rappi, uma companhia sem grande histórico de aquisições, confirmou que se trata do maior negócio de sua história.
A Box foi fundada em 2016, em Santos (SP), e atua no serviço de logística de entregas para empresas, tendo como clientes Ultrafarma, Burger King, entre outras companhias.
“Com modelos de negócio complementares, as operações das duas empresas serão integradas gradualmente, enriquecendo sua expertise e seu time de especialistas”, disse a Rappi em comunicado à imprensa.
O negócio, segundo a Rappi, também pode ajudar no crescimento do segmento de varejo da companhia colombiana que promete entregas em até 15 minutos.
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Sebastian Mejia, presidente e um dos fundadores da Rappi, disse à Reuters que as conversas com a Box vinham desde o segundo semestre de 2022. “Não somos uma empresa que tem no DNA a cultura de fazer aquisições, exceto em casos de oportunidade e conexões, como encontramos com a Box”, afirmou o executivo.
Segundo ele, a Rappi, que atua em nove países da América Latina, vê o Brasil como um mercado prioritário. A companhia está em cerca de 140 cidades do país. “O que essa transação manifesta é nosso compromisso com o Brasil, vamos seguir investido”, disse ele, sem dar detalhes financeiros e citando um “momento muito especial” para o setor localmente.
O movimento da Rappi no país vem após acordo do rival iFood com o Cade (Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica), fechado em fevereiro, que o impede de fazer pactos de exclusividade ou de adotar medidas contratuais que possam induzir exclusividade com redes de marcas que possuam pelo menos 30 lojas.
“(A decisão) só abre oportunidades de investimento para a gente”, afirmou ele, ponderando que a aquisição não tem uma relação direta com a medida do Cade, uma vez que as conversas com a Box já estavam ocorrendo.