Não seria algo novo. Seus pais têm negócios no setor, e o próprio Régis já tinha experiência. Porém, empreendedorismo e criação de delivery eram novidades. “Eu sabia o que queria. Uma entrega ágil para o alimento não esfriar, com boa apresentação no momento de desembalar, além de sabor”, diz Régis. Foi então que ele juntou suas economias e abriu uma loja pequena na Barra da Tijuca, bairro de classe média do Rio de Janeiro. Daí veio a inspiração para o nome da franquia de hambúrguer: “O Burguês”.
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O crescimento rápido em seis anos teve como impulsionador a estratégia de franquias. Régis, que hoje é CEO do Grupo Burguês, iniciou o processo de franqueamento em 2019. “Sempre foi o objetivo inicial. Eu já tinha em mente que a expansão rápida e lucrativa seria por meio de parceiros com as franquias”, diz o CEO.
Enquanto lidava com os trâmites da franquia, Régis e os três sócios do negócio se depararam com um empecilho inesperado: o nome da marca já estava registrado e eles não poderiam usar. Inconformados, os quatro sócios se deslocaram por 564 quilômetros, até Piracicaba, para negociar a compra da marca da hamburgueria homônima.
Conversa vem, conversa vai, ao retornarem para o Rio de Janeiro, a letra Z da patente anterior foi substituída por S e “O Burguês” se tornou oficial. Nos anos seguintes, o Grupo se consolidou ao somar as marcas Ex-Touro, O Fornês, Mozza, Sahur e Seu Vidal.
Expansão
O Burguês e Ex-Touro são as marcas de lanches do Grupo. O Fornês e Mozza são de pizza. Já Sahur é uma marca de comida árabe e Seu Vidal uma sanduicheria.
Os sócios veem a expansão de marcas como uma forma de atingir mais pessoas e conseguir canalizar as vendas para dentro do Grupo em meio ao excesso de concorrência que os aplicativos de entrega apresentam hoje em dia.
O desenvolvimento de marcas secundárias está na estratégia de crescimento de 2023. No ano passado, o Grupo fechou com um faturamento de R$ 300 milhões – alta de 70% em relação a 2021. A meta para este ano é crescer 40%, para R$ 420 milhões. Além disso, a expectativa é chegar próximo de duplicar o número de lojas, de 170 para 300.
Além de angariar mais franqueados, os sócios também esperam chegar em localidades mais afastadas das grandes metrópoles com esse modelo. O objetivo é alcançar cidades do interior e também regiões mais periféricas. Iniciada neste ano, a franquia Express já opera em Franca e Campinas, ambas no interior de São Paulo, e na Vila da Penha, região periférica da cidade de São Paulo.