Ganhou na Mega-Sena? Saiba como administrar R$ 45 milhões

14 de junho de 2023
Shapecharge/ Getty Images

Ganhar na Mega-Sena: Conheça as estratégias para administrar R$ 45 milhões

Nesta quarta-feira (14), serão sorteadas as seis dezenas do concurso 2.601 da Mega-Sena, às 20h. Se houver apenas um ganhador, ele levará para casa o prêmio de R$ 45 milhões. Forbes consultou especialistas para saber quais as melhores estratégias de investimento.

“É sempre essencial manter uma alocação diversificada, entre diferentes classes e geografias, de acordo com o perfil de tolerância a risco do investidor e que seja atualizada com a devida frequência conforme o cenário macroeconômico e as especificidades de cada ativo em carteira”, afirma Paloma Brum, analista da Toro Investimentos.

 

1º - reserva de emergência São investimentos de baixíssimo risco que podem ser resgatados a qualquer momento. A recomendação é investir o equivalente a 12 meses de suas despesas mensais. Matheus Sanches, da Ticker Research, recomenda investir em - Tesouro Selic; - CDBs de bancos de primeira linha, que rendam pelo menos 90% do CDI; - Fundos de renda fixa sem risco de crédito, com liquidez diária, taxa de administração menor que 1% e rentabilidade perto de 100% do CDI. Sanches recomenda não investir mais de R$ 250 mil em cada banco e não concentrar todos os recursos no Tesouro Selic devido a eventuais problemas de resgate. Nessa categoria está dentro os investimentos de baixíssimo risco e que possam ser resgatados a qualquer momento. O valor em si vai depender de várias variáveis, sendo que uma referência genérica seria pegar o custo de vida mensal do investidor e multiplicar por 12. O sócio e analista da Ticker Research, Matheus Sanches, exemplifica como seria o portfólio. Assumindo, por exemplo, um custo de vida de R$ 100 mil por mês (afinal, a pessoa ganhou na Mega. Muito provavelmente o custo de vida será bem alto), colocaríamos aproximadamente R$ 1,2 milhão nos ativos abaixo: - Tesouro Selic; - CDBs de bancos seguros e grandes, rendendo pelo menos 90% do CDI e com liquidez diária; - Fundos de investimento em renda fixa simples (liquidez diária, com taxa de administração baixa e rentabilidade perto de 100% do CDI, sem risco de crédito). "Quanto aplicar em cada um dos locais acima é mais decisão do investidor. O único ponto de atenção seria não aplicar mais de 250 mil reais em um único CDB para não estourar a cobertura do FGC." Dado que o Tesouro Selic em alguns momentos de estresse também pode apresentar problemas para resgate, Sanches sugere que o valor não esteja 100% aplicado nele. Um mix entre as 3 sugestões acima seria ideal. more
2º - ativos para renda Para usufruir do padrão de vida proporcionado pelos R$ 45 milhões, é preciso assegurar uma renda previsível e estável. Se quiser uma renda de R$ 100 mil por mês com investimentos seguros, será preciso investir cerca de R$ 40 milhões em aplicações conservadoras. Por exemplo Fundos de Investimento Imobiliário, de infraestrutura e do agronegócio, ações que pagam dividendos, e títulos de renda fixa públicos (Tesouro IPCA) e privados (CRI e CRA). “Conforme o investidor deseja melhorar a rentabilidade, ele vai ter que tolerar outros riscos”, diz Phil Soares, da Órama. more
3º - médio e longo prazo Além da reserva de emergência e da renda, é bom colocar parte do dinheiro em aplicações que multipliquem o capital no longo prazo. Boas alternativas são ações e renda fixa no exterior, e fundos multimercados. É bom ter parte do patrimônio em outras moedas que não o real. "Se algo der errado com o Brasil no futuro, esse investidor ainda terá um patrimônio relevante", diz Sanches, da Ticket Research.more