O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15)registrou variação positiva de 0,04%, taxa mais baixa em nove meses, contra alta de 0,51% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (27).
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A meta para a inflação este ano é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.
Apesar da forte desaceleração, os resultados ficaram acima das expectativas em pesquisa da Reuters de uma taxa negativa de 0,01% no mês e de alta de 3,36% em 12 meses.
Na semana passada, o BC manteve a taxa básica Selic em 13,75% ao ano, como esperado, e manteve um tom duro ao avaliar o processo de desinflação no Brasil.
Em junho, o que puxou o IPCA-15 para baixo foi a queda de 3,75% do preço dos combustíveis, ajudando o grupo de Transportes a registrar deflação de 0,55%.
O maior impacto negativo individual foi exercido pelo recuo de 3,40% no preço da gasolina, mas os demais combustíveis também sofreram recuo nos preços: óleo diesel (-8,29%), etanol (-4,89%) e gás veicular (-2,16%).
A Petrobras anunciou em maio e junho redução do preço da gasolina como resultado de uma reformulação em sua estratégia comercial, que deixará de seguir a paridade de preços de importação.
Além dos Transportes, outros dois grupos registraram queda de preços — Alimentação e bebidas (-0,51%) e Artigos de residência (-0,01%).
A alimentação no domicílio registrou queda de 0,81% em junho, enquanto na alimentação fora de casa houve desaceleração na alta dos preços para 0,29%.
Na outra ponta, a maior variação no IPCA-15 de junho foi a alta de 0,96% do grupo Habitação, enquanto os custos de Vestuário aumentaram 0,79% Despesas pessoais subiram 0,52%.
A pesquisa Focus mais recente realizada pelo Banco Central junto ao mercado mostra que a expectativa é de que o IPCA encerre este ano com alta acumulada de 5,06%, indo a 3,98% em 2024.