De acordo com o juiz Franco de Godoi, a empresa não cumpriu alguns requisitos do processo de recuperação judicial, e a atual conjuntura econômica da companhia indica a inviabilidade do grupo. O documento evidencia que não houve pagamento da parcela devida aos credores trabalhistas no prazo legal, tampouco ao credor financeiro principal, que é o Banco do Brasil, além do não pagamento às microempresas.
A livraria foi fundada em 1969 por Eva Hez. Atualmente, a empresa opera apenas com uma loja física em Porto Alegre e mantém suas operações por meio digital.
A Livraria Cultura tem enfrentado uma forte crise financeira desde meados de 2015. O processo de recuperação judicial já se estendia por mais de quatro anos, e em 2020, a Justiça rejeitou o pedido de alteração no processo e indicou que a falência poderia ser decretada.
Um novo plano de recuperação foi firmado no ano seguinte, mas a empresa também não cumpriu suas obrigações. Segundo a Justiça, houve uma série de pendências, como a falta de quitação das dívidas trabalhistas que deveriam ter sido pagas até junho de 2021. De acordo com o documento, a inadimplência da empresa ultrapassa R$ 1,6 milhão.