Tanque em unidade de produção de cloro-soda da petroquímica Braskem em Maceió
Segundo a petroquímica, a proposta prevê que a Unipar, uma das principais produtoras de cloro e soda na América do Sul, passará a deter 34,37% do total de ações de emissão da Braskem, tendo sido cada ação avaliada em R$ 36,5, um movimento que pode encerrar um longo entrave sobre a propriedade da empresa.
A Novonor, antiga Odebrecht, uma das principais acionistas da Braskem junto da Petrobras , permanecerá com uma participação minoritária, representativa indiretamente de 4% do total de ações de emissão da Braskem atualmente. Há muito a empresa busca vender o controle acionário da petroquímica como parte de uma reestruturação mais ampla.
“A proposta está, ainda, condicionada à realização de uma auditoria confirmatória de certas premissas e à implementação de uma série de condições precedentes, dentre ela o não exercício pela Petrobras do seu direito de preferência ou seu direito de tag along”, disse a Braskem, em comunicado.
As ações da Braskem, que subiam 7,7%, chegaram a saltar 13% após a notícia, tornando a empresa a maior ganhadora no Ibovespa, que subia 0,27%. Os papéis da Unipar, apoiada pelo bilionário Luiz Barsi, avançavam 3,4%.
“Nosso sentimento em relação à venda da Braskem para um player privado melhorou, e acreditamos que a Unipar está buscando alinhar o máximo de interesses possível para uma operação bem-sucedida”, disseram analistas do BTG Pactual em nota a clientes.
Analistas do BTG disseram que a oferta da Unipar é mais atrativa, pois parece ser totalmente em dinheiro, e estima-se que seja 22% superior à oferta da Apollo/Adnoc. Mas observaram que a oferta ainda implica em um grande corte de dívida para os credores.
Segundo o jornal Valor Econômico, a oferta da Unipar vale R$ 10 bilhões, enquanto o BTG estima que os credores ainda precisam receber cerca de R$ 14 a R$ 15 bilhões da Novonor.
A Unipar também disse que manterá conversas com a Petrobras sobre sua participação.