Ações europeias fecham em alta, mas têm pior semana em quase quatro meses

7 de julho de 2023

Pregão na Bolsa de Valores de Frankfurt

As ações europeias obtiveram ganhos nesta sexta-feira (7), com dados que apontaram para a desaceleração do crescimento do emprego nos Estados Unidos, o que aliviou preocupações sobre os aumentos da taxa de juros pelo Federal Reserve, mas pouco fizeram para mudar a pior leitura semanal do índice pan-europeu STOXX 600 em quase quatro meses.

O STOXX 600 fechou em alta de 0,10%, a 447,65 pontos, após passar a operar no positivo no meio da sessão depois que dados mostraram que a economia dos Estados Unidos criou o menor número de empregos em dois anos e meio em junho.

No entanto, o crescimento persistentemente forte dos salários nos EUA apontou para condições ainda apertadas do mercado de trabalho do país que consolidaram as apostas de que o Fed voltará a aumentar os juros neste mês.

Operadores mantiveram as apostas de que o Fed elevará sua taxa básica de juros este mês para uma faixa de 5,25% a 5,5%, mas estavam céticos em relação a novos incrementos depois disso.

As ações europeias sofreram o impacto nesta semana de mensagens “hawkish” (duras contra a inflação) de bancos centrais globais, o que impulsionou os rendimentos e levou investidores a acreditar que as taxas de juros permanecerão altas por mais tempo, e conforme leituras econômicas fracas da zona do euro e da China alimentaram preocupações de uma desaceleração global.

No dia, o setor de químicos liderou os ganhos com uma alta de 1,6%.

O STOXX 600 caiu 3,1% na semana, seu pior desempenho desde meados de março.

Setores como os de construção e materiais, saúde e viagens e lazer lideraram as quedas, com baixas de mais de 4% cada na semana, enquanto o setor imobiliário foi o único a obter ganhos, com um avanço de 0,4%.