Crescimento econômico dos EUA acelera no 2º trimestre

27 de julho de 2023
Amira Karaoud/Reuters

Pessoas fazem fila em um centro de carreiras do Kentucky, EUA.

A economia dos Estados Unidos cresceu mais rápido do que o esperado no segundo trimestre uma vez que a resiliência do mercado de trabalho sustentou os gastos do consumidor, enquanto as empresas aumentaram o investimento em equipamentos, potencialmente mantendo a temida recessão afastada.

O Produto Interno Bruto aumentou a uma taxa anualizada de 2,4% no último trimestre, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira. A economia cresceu a um ritmo de 2,0% no trimestre de janeiro a março. Economistas consultados pela Reuters previam expansão do PIB de 1,8%.

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Fora do mercado imobiliário e da manufatura, a economia resistiu amplamente aos 525 pontos-base de aumentos da taxa de juros pelo Federal Reserve desde março de 2022 para combater a inflação.

Desde o final de 2022, economistas preveem uma desaceleração mas, com as pressões de preços recuando, alguns agora acreditam que o cenário de pouso suave para a economia previsto pelo Fed é viável. Na quarta-feira (26), o banco central elevou sua taxa de juros em 25 pontos-base, para uma faixa de 5,25% a 5,50%.

A economia está sendo ancorada pelo mercado de trabalho, cujo aperto contínuo foi enfatizado por um relatório separado do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (27), mostrando que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 7.000 na semana encerrada em 22 de julho, para 221.000 em dado com ajuste sazonal.

As empresas estão acumulando trabalhadores depois de terem tido dificuldades para encontrar mão de obra durante a pandemia do Covid-19. O emprego no setor de lazer e hotelaria permanece abaixo dos níveis pré-pandemia.

Em 3,6% em junho, a taxa de desemprego não está muito longe das mínimas de várias décadas.

Mas alguns economistas continuam convencidos de que uma recessão está no horizonte, argumentando que os custos de empréstimos mais altos acabarão tornando mais difícil para os consumidores financiar seus gastos com dívidas.

Eles também observaram que os bancos estão restringindo o crédito e o excesso de poupança acumulado durante a pandemia continua a diminuir.