Também nesta terça-feira, com um dia de atraso, o Banco Central (BC) divulgou o Relatório Focus da semana, mostrando uma nova queda para as expectativas de inflação em 2023. A projeção recuou para 4,90%, ante 4,95% da semana passada e 5,06% quatro semanas atrás.
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Vinham sendo, e é importante prestar atenção a esse ponto. A deflação de julho foi provocada pela baixa de itens específicos como eletricidade, cujos preços caíram 3,45%, e gás de cozinha (recuo de 2,10%). Os alimentos também contribuíram. O grupo Alimentação e Bebidas apresentou uma deflação de 0,40% devido às baixas de 10,20% nos preços do feijão carioca e de 6,14% nos preços do óleo de soja.
O IPCA-15 é idêntico ao IPCA. A única diferença é o período de apuração, entre o dia 16 do mês anterior e o dia 15 do mês corrente, enquanto o IPCA “normal” é calculado considerando a variação de preços do mês fechado. Portanto, a deflação de julho indica uma boa probabilidade de que o IPCA também venha abaixo do esperado. Esse resultado já alterou as projeções do mercado, deverá alterá-las ainda mais nos próximos dias, afetando os preços dos ativos financeiros.
No início do pregão, os contratos futuros do Ibovespa chegaram a subir 1,25%. No mercado à vista a alta é de cerca de 1,3%. O dólar está em uma leve alta, devido à baixa dos juros. No mercado futuro de renda fixa, as taxas curtas e longas caem, com a perspectiva de que o Comitê de Política Monetária (Copom) seja mais agressivo no cortes de juros na região marcada para agosto. A maior parte das estimativas indicava um corte de 0,25 ponto percentual, mas não se descarta a hipótese de um corte ainda mais intenso.