“Uma das diversas aleivosias que vimos nesta semana de desbragada, ainda que ineficaz, campanha de desestabilização da atual gestão da Petrobras foi a de que não estaríamos sendo enfáticos na defesa da campanha exploratória da Foz do Amazonas”, afirmou.
O Ibama negou neste ano pedido de licença ambiental realizado pela Petrobras para perfurar a Bacia da Foz do Rio Amazonas, no Amapá, ao alegar que a petroleira não atendeu aos requisitos necessários para seguir adiante com as atividades. Em seguida, a petroleira recorreu da decisão, em processo que não há um prazo para resposta.
A Foz do Amazonas é parte da Margem Equatorial brasileira, considerada uma nova fronteira exploratória que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá, com grande potencial para descobertas de petróleo, mas também enormes desafios socioambientais. O avanço da atividade exploratória na região não encontra ainda consenso no governo federal.
Na quarta-feira passada (26), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) soltou uma nota de apoio à Petrobras e ao seu presidente, afirmando que Prates e a diretoria vêm sofrendo “ataques constantes dos adversários”, mas sem nomeá-los.
No texto, a entidade defendeu a nova estratégia comercial da companhia para os preços de combustíveis, que deixou de seguir a chamada paridade de preço de importação (PPI).
A gestão da petroleira também vem sendo criticada publicamente pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que questiona grandes volumes de reinjeção de gás natural em poços da Petrobras. O ministro tem pressionado a companhia para elevar a produção e, com isso, reduzir preços do insumo no país.
A petroleira, por sua vez, tem explicado que a maior parte da reinjeção de gás atualmente é feita devido a presença de CO2 ou para aumentar a recuperação do petróleo, em medida que eleva a rentabilidade dos projetos e dos pagamentos de royalties. A companhia também trabalha atualmente em três grandes projetos que elevarão a produção e o escoamento de gás a partir de 2024 e 2028.