“O foco é que a recuperação seja estabelecida com raízes de perenidade. Não queremos picos e vales de performance”, afirmou o presidente-executivo, Marcelo Pimentel, em conferência com analistas após a divulgação dos resultados da companhia na noite da véspera.
O GPA teve margem bruta de 24,8% no segundo trimestre ante 26,6% um ano antes e 24,4% nos três primeiros meses deste ano.
“Terminamos processo de gestão de categorias no Pão de Açúcar e começamos a fazer isso no Mercado Extra e proximidade”, disse o presidente do GPA.
Ao mesmo tempo, a companhia tem centrado esforços em clientes de renda mais alta no mercado de São Paulo, onde pretende manter por ora o foco na expansão de sua rede de lojas “de proximidade” Minuto Pão de Açúcar, em vez de expandi-la em outros Estados.
O executivo mencionou que o plano de orçamento base zero está “indo muito bem” e que a redução esperada de R$ 100 milhões em despesas com estrutura de pessoal chegará a R$ 130 milhões até o final do ano.
Já o vice-presidente financeiro do GPA, Guillaume Gras, afirmou que a proposta do empresário colombiano Jaime Gilinski por 51% do capital do Éxito, por R$ 586,5 milhões, “não tinha garantia de execução” e por isso foi rejeitada na semana passada pela companhia.
As ações do GPA exibiam queda de 0,2%, para R$ 21,62, às 14h, enquanto o Ibovespa mostrava recuo 1,2%.
“Pontuamos a melhora gradual das vendas em mesmas lojas no formato Pão de Açúcar e o trabalho de redução das despesas gerais e administrativas, que contribuíram para uma queda menos acentuada da margem operacional. Contudo, a rentabilidade da companhia segue pressionada, com prejuízo reportado acima das nossas estimativas para o período”, afirmaram analistas do BB Investimentos em nota. A companhia teve prejuízo líquido consolidado de R$ 425 milhões no segundo trimestre.