Ibovespa recua com setor de mineração e fraca demanda na China; Vale cai 1,4%

10 de julho de 2023

Nesta segunda-feira (10), o Ibovespa caiu 0,81% e fechou a 117.933,03 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 16,13 bilhões. O mercado acompanhou a queda do setor de mineração, após dados econômicos da China mostrarem que os preços ao produtor recuaram em seu ritmo mais rápido em mais de sete anos em junho, destacando a demanda fraca na economia do país. Dentre as quedas, a Vale (VALE3) recuou 1,36%.

Segundo Vanessa Naissinger, especialista de investimentos da Rico: “A empresa de maior posição no Ibovespa, a Vale, caiu acompanhando o preço do minério de ferro, que teve o pior dia em 9 meses, recuando 3,5% após dados de inflação na China consolidarem a visão de uma economia que retoma muito lentamente”.

No boletim Focus desta semana, a previsão mediana é de que o IPCA, principal termômetro para a inflação, encerrará este ano em alta de 4,95%, ante 4,98% previstos na pesquisa anterior, o que marcou uma oitava redução seguida nessa estimativa. O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

As expectativas de inflação captadas pelo Focus vêm de uma longa sequência de baixa, e têm estimulado apostas de que o Banco Central deve iniciar em breve um ciclo de afrouxamento monetário, tirando a Selic do patamar atual de 13,75% ao ano. Para a taxa Selic, a pesquisa manteve expectativas de que a taxa básica de juros encerrará este ano em 12,00%.

Destaques do dia

Liderando as baixas, as ações das Lojas Renner (LREN3) e da Via Varejo (VIIA3) caíram, respectivamente, 6,27% a R$ 19,14 e 4,25% a R$ 2,03. Segundo Fabio Louzada, economista da Eu me banco, os juros futuros sobem em correção após diversas quedas nas últimas semanas. “É justamente essa alta dos juros que colabora para as varejistas caírem, como Lojas Renner e Via. A proximidade da divulgação de resultados do segundo trimestre também não anima os investidores do setor, que ainda está sendo bem pressionado”.

Na ponta positiva, a Azul (AZUL4) e a Raízen (RAIZ4) subiram 2,90% a R$ 19,88 e 1,43% a R$ 4,26.

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No exterior

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street subiram depois que autoridades disseram que o fim do atual ciclo de aperto da política monetária está próximo, depois que o Federal Reserve, banco central norte-americano, provavelmente aumentar mais a taxa básica de juros para reduzir a inflação, que ainda está muito alta.

O Fed elevou as taxas de juros em 5 pontos percentuais desde março de 2022 para reduzir a maior inflação dos EUA em quatro décadas. Os formuladores de política optaram em junho por abrir mão de um aumento de juros para ter tempo de avaliar os efeitos ainda em desenvolvimento dos aumentos anteriores nos custos de empréstimos, mesmo que a maioria também tenha indicado pelo menos mais dois aumentos até o final de 2023.

Na Europa, os mercados acionários subiram com o setor de viagens e lazer na liderança dos ganhos, o que ajudou a limitar o impacto dos fracos dados de inflação da China. Os dados mostraram que os preços ao produtor da China caíram em seu ritmo mais rápido em mais de sete anos em junho, enquanto os preços ao consumidor oscilaram à beira da deflação, o que reforça a necessidade de mais estímulos para reanimar a demanda.

(Com Reuters)

Confira as 10 marcas mais valiosas do Brasil em 2023

1º - Itaú Valor da marca em 2023: US$ 8,7 bilhões
2º - Bradesco Valor da marca em 2023: US$ 5,1 bilhões
3º - Banco do Brasil Valor da marca em 2023: US$ 4,9 bilhões.
4º - Petrobras Valor da marca em 2023: US$ 3,9 bilhões.
5º - Caixa Econômica Federal Valor da marca em 2023: US$ 3,1 bilhões.
6º - Vale Valor da marca em 2023: US$ 2,2 bilhões.
7º - Natura Valor da marca em 2023: US$ 2 bilhões.
8º - Skol Valor da marca em 2023: US$ 1,8 bilhão.
9º - Brahma Valor da marca em 2023: US$ 1,6 bilhão.
10º - Sadia Valor da marca em 2023: US$ 1,6 bilhão.