Nesta sexta-feira (7), o Ibovespa subiu 1,41% e fechou a 119.077,35 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 22 bilhões. Na semana, houve uma alta de 0,84%. O mercado acompanhou a aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, que agora seguirá para o Senado, onde governadores e setores econômicos tendem a ter mais poder de influência, e ainda pode ser modificada.
A reforma aprovada pelos deputados traz mudanças desde a versão preliminar do parecer apresentada pelo relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Ele manteve a simplificação tributária, a previsão de imposto seletivo para produtos prejudiciais à saúde e um grupo de bens e produtos favorecidos, o agronegócio entre eles. Também prevê alíquota zero para produtos da cesta básica nacional e estímulos ao setor de turismo.
Segundo Rodrigo Azevedo, economista da GT Capital: “o mercado já abriu o dia de hoje em alta com a notícia da aprovação da reforma tributária na Câmara e a esperança de que a reforma será positiva para o ambiente macroeconômico do país, com a simplificação do sistema atual de tributação. O cenário doméstico é o que mais pesa hoje e colabora para o otimismo no Ibovespa”.
Destaques do dia
Liderando as altas, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) subiu 10% a R$ 22,11, com o papel ainda reagindo a expectativas envolvendo sua fatia no Éxito. Também no radar está o seu controlador, o grupo francês Casino, que alertou recentemente sobre o aumento do risco de “default”, enquanto negocia com credores e analisa ofertas.
Na ponta negativa, a Embraer (EMBR3) e a Petrobras (PETR4) caíram, respectivamente, 1,67% a R$ 18,29 e 0,81% a R$ 29,41.
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No exterior
Na Europa, os mercados acionários subiram com dados do crescimento do emprego nos EUA, o que aliviou preocupações sobre os aumentos da taxa de juros pelo Federal Reserve, mas pouco fizeram para mudar a pior leitura semanal do índice pan-europeu STOXX 600 em quase quatro meses.
As ações europeias sofreram o impacto nesta semana de um tom mais rígido contra a inflação por parte dos bancos centrais globais, o que levou investidores a acreditarem que as taxas de juros permanecerão altas por mais tempo, conforme leituras econômicas fracas da zona do euro e da China alimentaram preocupações de uma desaceleração global.
(Com Reuters)