Ibovespa tem leve alta apesar de IBC-BR sinalizar contração no PIB
Redação
17 de julho de 2023
Nesta segunda-feira (17), o Ibovespa subiu 0,43% e fechou a 118.219,46 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 18,28 bilhões. Em um dia de grande volatilidade, as negociações tiveram como pano de fundo a divulgação do IBC-BR, sinalizador do PIB calculado pelo Banco Central. O índice mostrou uma contração da economia brasileira em maio, o que traz alívio na curva de DI e reforça as expectativas de redução da taxa Selic na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que ocorrerá em agosto.
No Boletim Focus desta semana, as expectativas para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2023 melhoraram em 0,05 ponto percentual, para 2,24%. Já as projeções para o IPCA, principal termômetro para a inflação, foram mantidas a 4,95% em 2023. A pesquisa também manteve a perspectiva da taxa Selic, base das taxas de juros, a 12,00% para este ano, ante os atuais 13,75%.
Segundo Rodrigo Cohen, da Escola de Investimentos: ”tivemos o relatório do Boletim Focus vindo positivo, na minha opinião, com a projeção para a inflação em 2023 sendo mantida em 4,95% e, para 2024, em 3,92%, dados muito bons. Porém, tivemos a prévia do PIB, o IBC-Br, vindo bem ruim, com queda de 2% em maio, depois de uma alta de 0,56% em abril, enquanto a expectativa era de estabilidade. São dados bem divergentes e confundiram bastante o mercado. Isso trouxe essa volatilidade no pregão”.
Destaques do dia
Liderando as altas, a Raízen (RAIZ4) e o BTG Pactual (BPAC11) subiram, respectivamente, 3,68% a R$ 4,23 e 3,13% a R$ 32,92. O setor bancário também esteve entre as maiores altas do dia, com Bradesco subindo (BBDC4) 1,59% e Itaú Unibanco (ITUB4) subindo 1,94%.
Na ponta negativa, as ações da IRB Brasil (IRBR3) e da BRF (BRFS3) caíram 3,15% a R$ 49,50 e 2,70% a R$ 8,66.
Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street subiram com o otimismo dos investidores antes da divulgação de balanços corporativos trimestrais de importantes nomes ao longo da semana.
Na Europa, os mercados acionários recuaram com o grupo de luxo Richemont liderando as perdas, e com o crescimento frágil da China levantando preocupações sobre a demanda da segunda maior economia do mundo. Dados sinalizaram que a economia da China cresceu em um ritmo frágil no segundo trimestre devido à demanda mais fraca, aumentando a pressão sobre as autoridades para adotar mais medidas de estímulos.
(Com Reuters)
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