No mês passado, a Unipar, uma das principais produtoras de cloro e soda na América do Sul, fez uma proposta não vinculante para a aquisição do controle da Braskem, a 36,5 reais por ação.
De acordo com o fato relevante da Braskem enviado na segunda-feira (3), após o fechamento do mercado, a Novonor ressaltou que o convite não foi estendido “em regimento de exclusividade”.
A Novonor também afirmou que até o presente momento não recebeu qualquer proposta de potenciais interessados que implique em evolução material ou vinculante nas discussões que vem mantendo junto aos bancos detentores da alienação fiduciária de sua participação indireta na Braskem.
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As declarações da Novonor foram feitas após questionamento da Braskem.
Em fato relevante à CVM, a companhia, que tem entre seus acionistas o investidor Luiz Barsi Filho, afirmou que a referida sinalização está sujeita a determinadas condições, incluindo a concordância dos bancos credores titulares de alienações fiduciárias sobre as ações da Braskem com os termos da operação.
A Unipar, “juntamente com seus assessores, bancos credores, Petrobras (PETR4), Novonor e demais partes envolvidas, analisará os próximos passos da operação, incluindo a assinatura de contrato de exclusividade para potencialmente dar início à auditoria na Braskem, como de praxe em operações deste porte”, afirmou.
A Novonor é uma das principais acionistas da Braskem junto da Petrobras. Há muito a empresa busca vender o controle acionário da petroquímica como parte de uma reestruturação mais ampla.
O CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, também afirmou no mês passado que a estatal, que tem preferência no caso de uma aquisição da participação da Novonor na Braskem, “tem trabalhado internamente” o tema. A petrolífera, porém, disse que não há qualquer decisão da diretoria executiva ou do conselho.