O Fed elevou sua taxa básica de juros para uma faixa entre 5,25% e 5,5% na reunião de 25 e 26 de julho, um passo que o chair do banco central, Jerome Powell, disse em sua coletiva de imprensa pós-decisão que pode não ser o último em uma rodada agressiva de aumentos de juros que começou em março de 2022 para compensar o surto mais rápido de inflação desde a década de 1980.
Mas ele também disse que as “peças do quebra-cabeça” estavam começando a se encaixar para reduzir a inflação, incluindo melhores cadeias de oferta, moderação na demanda por trabalhadores e condições de empréstimo mais rígidas.
Um aumento adicional de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, seja na reunião de 19 e 20 de setembro ou mais tarde no ano, seria marginal em seu impacto macroeconômico, marcando uma pequena adição à alta total de 5,25 pontos nos 16 meses até julho.
No entanto, enviaria um sinal importante para os mercados de títulos e ações, que estão amplamente convencidos de que o banco central terminou de aumentar os juros e agora começará a procurar o momento certo para começar a cortá-los.
“Parece haver pouco consenso entre as autoridades em relação à trajetória à frente”, escreveu o analista do Citi Andrew Hollenhurst.
O documento, divulgado três semanas depois de uma reunião de política monetária, sempre corre o risco de parecer desatualizado e muitas vezes reitera os pontos que o chefe do Fed comenta em coletivas de imprensa pós-reunião, ou cobre dados que surgiram nesse meio tempo.
Powell, por exemplo, confirmou em sua coletiva de imprensa no mês passado que a equipe do Fed mudou sua previsão e removeu a expectativa de que a economia entraria em recessão, algo que de outra forma só teria sido revelado na ata.