O consumo em supermercados, semelhante às vendas do setor, teve crescimento de 4,24% em julho ante junho e avançou 3,37% sobre o mesmo mês do ano passado, em uma performance que aproximou o acumulado de 2023 à projeção da Abras para o ano todo de expansão de 2,5%. Até o mês passado, o crescimento do consumo estava em 2,52%.
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Mas o vice-presidente da entidade, Marcio Milan, afirmou em apresentação a jornalistas que os reajustes nos preços dos combustíveis já estão fazendo hortifrutigranjeiros aumentarem os preços de seus produtos em 5% a 8% para setembro, ante relativamente estabilidade nos meses anteriores. Além disso, é esperado que outras categorias comecem a repassar parte do aumento dos combustíveis ao longo dos próximos meses, afirmou.
A Petrobras anunciou há cerca de duas semanas aumento de 16,3% nos preços médios da gasolina e de 25,8% nos do diesel vendidos a distribuidoras, após uma série de reduções consecutivas ao longo deste ano.
Segundo o vice-presidente da Abras, apesar do crescimento do volume de vendas, os consumidores seguiram mostrando dificuldades de orçamento ao manterem tendência de troca de produtos por equivalentes de marcas mais baratas, especialmente no caso dos básicos.
“Este ano o consumidor está frequentando mais canais do que frequentava”, disse Milan.
Segundo a Abras, o setor investiu R$ 15 bilhões em abertura e reformas de lojas em 2022 e este ano a previsão é de R$ 18 bilhões.
De janeiro até este mês, o setor abriu 438 lojas no país, das quais 187 novas e 251 reinaugurações. Das novas lojas, 105 foram supermercados e 82 do formato de atacarejo, representado por bandeiras como Atacadão, do grupo Carrefour Brasil, e Assaí.