O dado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgado nesta quinta-feira (31) foi ainda o mais baixo para qualquer trimestre desde o findo em dezembro de 2022 (7,9%), depois de ter ficado em 8,5% nos três meses imediatamente anteriores, até abril.
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O mercado de trabalho brasileiro mostrou resiliência na primeira metade de 2023, mas a perda do fôlego da atividade econômica deve levar a um aumento da taxa de desemprego de forma lenta à frente, ainda que se mantendo em patameres historicamente baixos.
“Esse recuo no trimestre encerrado em julho ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.
No trimestre até julho, o total de ocupados chegou a 99,334 milhões, uma alta de 1,3% em relação aos três meses encerrados em abril e um ganho de 0,7% sobre o mesmo período de 2022.
Segundo o IBGE, na comparação trimestral, o aumento da ocupação foi influenciado pelo grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (mais 593 mil pessoas); seguido de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (mais 296 mil pessoas).
Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado aumentaram 0,6% no período, mas os que não tinham carteira dispararam 4,0% no trimestre até julho. No setor público, houve aumento de 2,6%.
No período, a renda foi de R$ 2.935, contra R$ 2.916 nos três meses até abril e R$ 2.792 no trimestre até julho do ano passado.