Ibovespa sobe com dados de inflação no Brasil e EUA; China também no radar

11 de agosto de 2023

O Ibovespa apresenta uma alta na abertura do pregão desta sexta-feira (11), refletindo a repercussão dos dados de inflação do Brasil e dos Estados Unidos. Por volta das 10h20, o indicador estava subindo 0,17%, alcançando 118.350,39 pontos. Enquanto isso, o dólar tinha alta de 0,38%, sendo negociado a R$ 4,90.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) voltou a registrar aumento em julho, uma vez que a reoneração de combustíveis compensou a redução nos custos de alimentos e habitação. Esse aumento na inflação em 12 meses ocorre simultaneamente ao início do processo de corte de juros pelo Banco Central.

O índice teve uma alta de 0,12% em julho, em comparação ao recuo de 0,08% em junho, de acordo com informações divulgadas pelo IBGE nesta sexta-feira. Esse resultado ficou ligeiramente acima da expectativa de variação positiva de 0,07% para o índice no mês, conforme pesquisa da Reuters.

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Dessa forma, o indicador acumulou, até julho, um aumento de 3,99% em 12 meses, ultrapassando a taxa de 3,16% registrada em junho. Com esse aumento, a inflação voltou a ficar acima do centro da meta estabelecida para este ano, que é de 3,25%, com uma margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

Nos Estados Unidos, por sua vez, os preços ao produtor tiveram um aumento em julho devido à recuperação nos custos de serviços. No entanto, a tendência continuou consistente com a moderação nas pressões inflacionárias. O índice para a demanda final subiu 0,3% no último mês, segundo informações do Departamento do Trabalho. Os dados de junho foram revisados para baixo, mostrando que o índice permaneceu inalterado, ao contrário do aumento de 0,1% reportado anteriormente. Nos últimos 12 meses até julho, os preços ao produtor aumentaram 0,8%, após uma alta de 0,2% em junho.

Os economistas consultados pela Reuters previam um aumento de 0,2% no índice no mês e um avanço de 0,7% na comparação anual.

Mercado internacional

O mercado continua atentamente observando a segunda maior economia do mundo após a divulgação de dados fracos relacionados às importações e exportações. Os investidores estão preocupados com a possibilidade de uma recessão. Além dos números econômicos, de acordo com a agência de notícias Bloomberg, os reguladores do mercado imobiliário da China estão planejando uma reunião com incorporadoras e bancos para abordar a crise de crédito que afeta o setor.

A convocação dessa reunião ocorreu após os detentores de títulos da gigante imobiliária Country Garden relatarem que não receberam pagamentos de juros que estavam em atraso.

Enquanto isso, a economia do Reino Unido surpreendeu ao registrar um crescimento no segundo trimestre, abrindo espaço para possíveis aumentos nas taxas de juros pelo Banco da Inglaterra. No entanto, o Reino Unido continua sendo a única grande economia avançada que conseguiu retornar aos níveis pré-pandemia, do final de 2019.

Os dados oficiais divulgados nesta sexta-feira indicaram um crescimento de 0,2% na economia durante o segundo trimestre, em contraste com a expectativa de estabilidade conforme pesquisa da Reuters com economistas.

Confira o comportamento dos principais índices internacionais:

Estados Unidos:

Dow Jones: -0,24%
S&P 500: -0,42%
Nasdaq: -0,69%

Europa:

FTSE100 (Londres): -1,35%
DAX (Frankfurt): -1,01%
CAC 40 (Paris): -1,35%

Ásia:

Nikkei (Tóquio): +0,84%
Xangai (China): -2,01%
Kospi (Coreia): -0,40%

(Com Reuters)