Linkana, a empresa que quer ser o Serasa dos fornecedores

8 de agosto de 2023
Getty Images

Segundo a empresa, atualmente cada companhia gerencia seus fornecedores, o que gera redundância de trabalho e faz com que essas informações fiquem perdidas no mercado

No fim de 2022, existiam mais de 20 milhões de empresas ativas no Brasil, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Economia. Quase metade delas, 49,6%, são do setor de serviços. Principal atividade e maior empregador do País, esse setor depende de mão de obra qualificada. Vincular clientes e fornecedores é o segmento em que a startup Linkana quer atuar.

“A Linkana tem um software que analisa os prestadores de serviços que atendem empresas de grande porte e padroniza os dados desses fornecedores”, diz Leo Cavalcanti, CEO da empresa. “São desde informações básicas sobre qual é o negócio do fornecedor até sua situação financeira.” A meta, diz Cavalcanti, é ser uma “Serasa dos fornecedores”.

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Segundo o empresário, atualmente cada companhia gerencia seus fornecedores, o que gera redundância de trabalho e faz com que essas informações fiquem perdidas no mercado. Isso gera ineficiência, pois os fornecedores precisam esperar para aprovar novas compras, enquanto as empresas gastam tempo e dinheiro para alimentar e atualizar esses bancos de dados. “Nós mantemos uma base de dados compartilhada, que não depende da atualização da governança das companhias, e será muito mais eficiente”, diz Cavalcanti.

Um dos desafios da Linkana é convencer os fornecedores a inserir seus dados na base. A empresa usa as informações das companhias compradoras dos serviços, que fornecem os dados dos fornecedores em troca da garantia de um parceiro confiável. Hoje, a empresa já conta com 120 empresas compradoras em sua base e 300 mil fornecedores.

“Atualmente, as empresas utilizam desde buscas no Google até indicações de terceiros para achar seus fornecedores. Um Perfil Universal do Fornecedor vem justamente para facilitar esse processo, uma vez que as companhias poderão apenas informar o que procuram e escolher na base de dados aqueles que se encaixam”, afirma o CEO.

Para os dois lados, existem custos. O fornecedor paga em torno de R$ 500 por ano para fazer parte da plataforma e receber o seu selo de verificado, a partir do momento que tem suas informações completas, enquanto o comprador só desembolsa o valor de implementação e assinatura da plataforma.