Três dos seis bancos centrais que supervisionam as 10 moedas mais negociadas que se reuniram em julho subiram os juros, enquanto os outros três mantiveram seus índices de referência inalterados, mostraram dados da Reuters. Isso se compara a sete incrementos em nove reuniões em junho.
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Sem reuniões de definição de custos de empréstimos para muitos bancos centrais importantes, como o Fed e o BCE, agendadas, agosto parece destinado a ser um mês tranquilo, embora a trajetória para movimentos além disso seja incerta.
Nas economias em desenvolvimento, surgiram mais evidências de uma guinada no ciclo, com o Chile se tornando, em julho, o primeiro grande banco central da América Latina a cortar as taxas de juros em 100 pontos-base, seguindo os passos de seus pares menores, Costa Rica e Uruguai, que reduziram as taxas de referência em últimos meses.
“O movimento pode ser um catalisador para iniciar um ciclo mais amplo de flexibilização dos mercados emergentes, já que eles entraram cedo nos ciclos de aperto monetário e colocaram a inflação sob controle”, disse Charu Chanana, estrategista de mercado da Saxo.
A contagem acumulada no ano para os mercados emergentes é de 1.725 pontos-base de aperto monetário em 24 altas e – mais da metade do ano – bem abaixo do ritmo e da escala vistos em 2022, quando os bancos centrais nas economias em desenvolvimento acumularam 7.425 pontos-base em 92 incrementos.
Do lado do corte dos custos de empréstimos, os bancos centrais de mercados emergentes viram três baixas que reduziram as taxas de juros em 160 pontos-base no total.