Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA caem

17 de agosto de 2023
REUTERS/Shannon Stapleton/File Photo

Fila para feira de emprego em Uniondale, Nova York

O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, indicando um mercado de trabalho ainda apertado.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 11.000 na semana encerrada em 12 de agosto, para 239.000 em dado com ajuste sazonal, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (17). Economistas consultados pela Reuters previam 240.000 reivindicações para a última semana.

Os pedidos aumentaram na semana encerrada em 5 de agosto, com as solicitações em Ohio respondendo por uma grande parte da alta. O Estado enfrentou anteriormente por registros fraudulentos, levando a maioria dos economistas a ignorar o aumento das reivindicações.

Embora o mercado de trabalho esteja desacelerando, com os ganhos de empregos em julho marcando o segundo menor nível desde dezembro de 2020, as condições em geral permanecem apertadas. A taxa de desemprego está em níveis vistos pela última vez há mais de 50 anos. Em junho, foi aberta 1,6 vaga para cada desempregado.

Leia também: 

A ata da reunião do Federal Reserve de 25 a 26 de julho, publicadas na quarta-feira (16), mostrou que, embora os autoridades de política monetária reconhecessem “sinais de que demanda e oferta estavam chegando a um melhor equilíbrio”, elas “julgavam que era necessário mais progresso em direção a um equilíbrio entre demanda e oferta no mercado de trabalho, e esperavam que um abrandamento adicional nas condições do mercado de trabalho ocorresse ao longo do tempo.”

Desde março de 2022, o banco central dos EUA aumentou sua taxa de juros de referência em um total de 525 pontos-base, para a faixa atual de 5,25% a 5,50%. A maioria dos economistas acredita que o ciclo de aumento de juros mais rápido do Fed em mais de 40 anos provavelmente acabou, dada a recente moderação da inflação.

A resiliência do mercado de trabalho está sustentando a economia, impulsionando as vendas no varejo e a construção residencial.

Economistas reverteram suas previsões para uma recessão neste ano e estão cada vez mais entusiasmados com a ideia de que o Fed poderia guiar a economia para um “pouso suave”.