O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) subiu 0,44% em julho na comparação com o mês anterior, segundo dado dessazonalizado do indicador que é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB).
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A leitura de julho ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de um avanço de 0,3% e marca o segundo mês seguido no azul.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 0,66%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 3,12%, de acordo com números observados.
“(O IBC-Br) segue compatível com a leitura de uma atividade econômica que se manteve resiliente no primeiro mês do terceiro trimestre, a despeito do nível de aperto monetário e da dissipação dos efeitos da supersafra desse ano”, avaliou João Savignon, chefe de pesquisa macroeconômica da Kínitro Capital.
O resultado também não evita a perspectiva de arrefecimento no segundo semestre, com analistas destacando os efeitos sobre a economia da política monetária ainda restritiva, embora o BC tenha reduzido a taxa básica de juros Selic de 13,75% para 13,25%.
O BC volta a se reunir para deliberar sobre a política monetária na quarta-feira, com expectativa de novo corte de 0,5 ponto percentual na taxa de juros.
“Apesar da recente supresa positiva no PIB do segundo trimestre, continuamos a ver sinais de desaceleração para a atividade à frente, especialmente para segmentos mais cíclicos, devido às condições financeiras altamente restritivas”, destacou em nota Gabriel Couto, do Santander Brasil, que espera contribuição negativa do setor agrícola no segundo semestre.
O contraponto foi a indústria, cuja produção contraiu 0,6% em julho, mais do que o esperado.
A mais recente pesquisa Focus realizada pelo BC e divulgada na segunda-feira mostra que o mercado vem melhorando suas projeções para a expansão do PIB este ano, estimada agora em 2,89%. Para 2024 a expectativa é de crescimento de 1,50%.
Também na véspera, o Ministério da Fazenda melhorou a projeção oficial para o desempenho da atividade econômica neste ano, passando a prever um crescimento de 3,2%, contra previsão de 2,5% feita em julho.