Segundo o IBGE, as principais influências vieram de eletricidade e gasolina. Os preços da energia elétrica subiram 4,59%, com um impacto de 0,18 ponto percentual no índice geral. A gasolina subiu 1,24%, com impacto de 0,06 ponto percentual no índice geral. O IBGE também destacou a alta de preços de automóveis novos, que subiram 1,71% no mês e representaram 0,05 ponto percentual no índice geral.
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Já Rafael Costa, analista da BGC Liquidez, afirmou que o resultado de agosto apresentou boas notícias nos serviços e nos núcleos. “A principal surpresa baixista veio de uma deflação 5 pontos-base (centésimos de ponto percentual) mais forte do que o esperado na alimentação no domicílio”, afirmou. Os preços do frango em pedaços caíram 2,57% e os das carnes recuaram 1,90%.
“No entanto”, afirmou Costa”, o que realmente saltou aos olhos foram as baixas inflações registradas tanto nos serviços quanto nos serviços subjacentes”. Para o analista, “a leitura foi favorável e reforça um cenário de desinflação consistente devido às baixas leituras nos serviços e nos núcleos”.
Essa foi a última divulgação do IPCA antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), agendada para os dias 19 e 20 de setembro. Segundo Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, o resultado não trouxe alterações na projeção de juros para os próximos meses. “Ainda que os serviços tenham se mostrado melhor que o esperado, não apostamos que isso alterará sobremaneira o ritmo do corte de juro, que deverá seguir em 50 pontos-base por reunião”, afirmou Sanchez.