A fabricante de veículos elétricos iniciou a produção do supercomputador usado para treinar modelos de inteligência artificial para carros autônomos em julho e planeja investir mais de 1 bilhão de dólares no equipamento até o próximo ano.
O Dojo pode abrir novos mercados endereçáveis que “vão muito além da venda de veículos a um preço fixo”, disseram os analistas do Morgan Stanley, liderados por Adam Jonas, em uma nota no domingo.
- Tesla suprimiu milhares de reclamações sobre a autonomia de seus elétricos
- Musk diz que autonomia de veículos é a principal impulsionadora de valor da Tesla
“Se o Dojo pode ajudar a fazer com que os carros ‘vejam’ e ‘reajam’, que outros mercados poderiam se abrir? Pense em qualquer dispositivo de ponta com uma câmera que tome decisões em tempo real com base em seu campo visual”, afirmaram os analistas.
O banco elevou sua recomendação sobre as ações da Tesla de “equalweight” para “overweight” e a tornou sua principal opção, substituindo as ações da Ferrari listadas nos EUA.
As ações da Tesla subiram quase 5,7%, a 262,63 dólares, nas negociações do pré-mercado.
Jonas espera que o Dojo gere maior valor em software e serviços.
O Morgan Stanley aumentou a estimativa de receita do negócio de serviços de rede da Tesla para 335 bilhões de dólares em 2040, em comparação com os 157 bilhões anteriores.
Jonas espera que a unidade seja responsável por mais de 60% dos principais ganhos da Tesla até 2040, quase dobrando em relação a 2030.
O múltiplo de preço/lucro futuro de 57,9 da Tesla para 12 meses está bem à frente das montadoras norte-americanas Ford, com 6,31, e General Motors, com 4,56.