Vendas de novas moradias nos EUA caem mais do que o esperado em agosto

26 de setembro de 2023
Andrew Kelly/Reuters

As vendas de casas nos EUA são contadas no momento da assinatura de um contrato, o que as torna um indicador importante do mercado imobiliário

As vendas de novas moradias unifamiliares nos Estados Unidos caíram mais do que o esperado em agosto, uma vez que a taxa da popular hipoteca fixa de 30 anos subiu acima de 7%, levando os compradores em potencial a se afastarem.

As vendas de casas novas caíram 8,7% no mês passado, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 675.000 unidades, informou o Departamento de Comércio nesta terça-feira (26). O ritmo de vendas de julho foi revisado para cima, para 739.000 unidades, em comparação com as 714.000 informadas anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas de casas novas, que representam uma pequena parcela das vendas de moradias nos EUA, cairiam para uma taxa de 700.000 unidades.

Essas vendas são contadas no momento da assinatura de um contrato, o que as torna um indicador importante do mercado imobiliário. No entanto, elas podem ser voláteis em uma base mensal. As vendas aumentaram 5,8% em agosto na comparação anual.

Embora as vendas de imóveis novos continuem a ser sustentadas pela escassez de imóveis antigos no mercado, o ressurgimento das taxas de hipoteca está reduzindo a acessibilidade para muitos compradores de imóveis em potencial.

A taxa da popular hipoteca fixa de 30 anos ficou acima de 7% em agosto e subiu para uma média de 7,19% na semana passada, a mais alta desde julho de 2001, de acordo com dados da agência de financiamento hipotecário Freddie Mac. As taxas hipotecárias estão subindo junto com os rendimentos dos Treasuries, que avançaram devido às preocupações de que a alta dos preços do petróleo poderia prejudicar a luta do Fed contra a inflação.

Na semana passada, o Federal Reserve manteve sua taxa básica de juros de referência na faixa de 5,25% a 5,50%. No entanto, o banco central dos E.U.A. endureceu sua postura, projetando outro aumento até o final do ano e a manutenção da política monetária significativamente mais rígida até 2024 do que o esperado anteriormente.