Setor de serviços do Brasil recua 0,9% em agosto

17 de outubro de 2023
Amanda Perobelli/Reuters

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume de serviços registrou alta de 0,9%

O volume do setor de serviços do Brasil teve queda acentuada em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (17), em resultado que interrompeu uma sequência de três meses de ganhos e frustrou com força as expectativas de economistas.

O volume de serviços prestados no país recuou 0,9% em agosto frente ao mês anterior, após ter acumulado ganho de 2,1% no período de maio a julho. O resultado marcou a maior queda desde abril de 2023 (-1,7%) e ficou bem abaixo da projeção em pesquisa da Reuters de avanço de 0,4%.

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Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume de serviços registrou alta de 0,9%, contra expectativa de economistas de avanço de 2,8%.

O setor de serviços ainda se encontra 11,6% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e está 1,9% abaixo do pico da série histórica, atingido em dezembro de 2022.

De acordo com o IBGE, a leitura de agosto foi influenciada principalmente pelo setor de transportes, que teve queda de 2,1% no volume, contra avanço de 0,5% em julho.

Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, o resultado dos transportes foi puxado principalmente pelo recuo nas atividades de gestão de portos e terminais e de transporte rodoviário de cargas, que está com uma base de comparação muito elevada.

Diante de uma tendência histórica de concentração da atividade do setor agropecuário na primeira metade do ano, “vamos observar como o transporte de cargas se comportará no segundo semestre com uma produção agrícola menos pujante”, afirmou Lobo em nota.

Além de transportes, outras três das cinco atividades pesquisadas ficaram no campo negativo em agosto. Os serviços prestados às famílias recuaram 3,8%, a atividade de informação e comunicação perdeu 0,8% e os outros serviços caíram 1,4%.

A única atividade a registrar crescimento foi a de serviços profissionais, administrativos e complementares, que subiu 1,7% em agosto.