Fadiga de heróis? “As Marvels” é outro fracasso em ano ruim para a Disney

13 de novembro de 2023

“As Marvels”: obra não faturou nem um terço dos US$ 153,4 milhões que Capitã Marvel arrecadou na estreia Forbes EUA

O último filme do Universo Cinematográfico Marvel quebrou o recorde da franquia como o pior fim de semana de estreia no mercado americano de todos os tempos, ficando dezenas de milhões de dólares abaixo das previsões iniciais e possivelmente sinalizando o começo do fim para o gênero de super-heróis que há muito é sinônimo de bilheteria altíssima.

  • Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

“As Marvels”, uma sequência de Capitã Marvel (2019) de Brie Larson, arrecadou US$ 47 milhões no fim de semana de estreia e se tornou o filme com menor faturamento na história da franquia, de acordo com o Box Office Mojo. A bilheteria de “As Marvels” ficou muito abaixo dos US$ 55,4 milhões da estreia de “O Incrível Hulk”, da Universal Pictures, em 2008 (US$ 71,8 milhões atualmente) e a estreia de US$ 57,2 milhões do Homem-Formiga em julho de 2015.

O lançamento do fim de semana não faturou nem um terço dos US$ 153,4 milhões que Capitã Marvel faturou em seu fim de semana de estreia. E a bilheteria ficou muito abaixo das projeções iniciais que oscilavam entre US$ 75 milhões e US$ 80 milhões.

Leia mais

A queda da primeira sequência de “Capitã Marvel” foi a mais acentuada já registrada pela Disney em sua franquia Marvel. A segunda maior queda foi “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, que faturou US$ 118,4 milhões na estreia, ante US$ 146,5 milhões do seu antecessor, o “Guardiões da Galáxia Vol. 2”.

Especialistas disseram que o público está ficando saturado desses filmes, em um fenômeno apelidado na indústria de “fadiga de super-heróis”. Nessa tendência, as bilheterias de lançamentos recentes como “Eternos”, “The Flash” e ‘Shazam: Fury Of The Gods” ficaram aquém das expectativas.

“As Marvels” também está entre uma série de decepções recentes de bilheteria da Disney, que incluem “Indiana Jones e o Chamado do Destino” que arrecadou US$ 60,4 milhões em seu fim de semana de estreia nos EUA), “Mansão Mal-Assombrada” (US$ 24 milhões) e o filme da Pixar Elemental (US$ 29,6 milhões).

Os fracassos nas bilheterias contribuíram para um ano geral difícil para a Disney, que incluiu greves de atores e roteiristas que paralisaram a produção de Hollywood, um serviço de streaming ainda não lucrativo na Disney+ e declínio na frequência de seu principal parque Disney World, na Flórida.

Apesar de dezenas de datas de estreia adiadas devido às greves de atores e roteiristas, ainda há muitos lançamentos de super-heróis no horizonte. “Aquaman 2: O Reino Perdido” deve ser lançado em 22 de dezembro, seguido por “Deadpool 3” em julho de 2024, além das sequências de “Coringa” e “Venom 3” em novembro de 2024.

Desde que atingiu o preço mais alto de suas ações em março de 2021, a Disney é a 16ª ação com pior desempenho do S&P 500, caindo 56%, de acordo com dados da FactSet. Os rivais do entretenimento legado Warner Bros. Discovery e Paramount são os dois maiores perdedores do índice durante esse período, caindo mais de 80% cada.