Ações na China ampliam perdas e autoridades prometem 2024 melhor

18 de dezembro de 2023
REUTERS/Tingshu Wang

Sede do Banco do Povo da China, o banco central do país, em Pequim, China

As ações chinesas ampliaram sua queda nesta segunda-feira (18), após cinco perdas semanais consecutivas. Dados recentes mostraram uma recuperação econômica lenta, além dos sinais na reunião de líderes não empolgar os investidores.

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O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com queda de 0,36%, enquanto o índice de Xangai caiu 0,4%.

O índice Hang Seng, de Hong Kong, teve baixa de 0,97%.

As ações asiáticas em geral caíram em um fraco início de semana. O banco central do Japão pode se distanciar ainda mais de suas políticas monetárias expansionistas. Enquanto isso, uma leitura sobre a inflação dos Estados Unidos deve sustentar a precificação do mercado de cortes na taxa de juros.

O tom da Conferência Anual de Trabalho Econômico Central, na semana passada, permaneceu favorável ao crescimento. Mas “não houve muitos detalhes sobre medidas específicas de flexibilização, especialmente no mercado imobiliário”, comunicou o Goldman Sachs em uma nota.

Dados econômicos recentes são mistos, mas o quadro macro de um mercado imobiliário fraco e de um afrouxamento da política monetária relutante permanece inalterado, acrescentou o Goldman Sachs.

As Promessas do governo da China

A economia da China deve ter condições mais favoráveis em 2024, disse a mídia estatal citando autoridades do gabinete de finanças e economia do Partido Comunista chinês.

As políticas macroeconômicas continuarão a dar apoio à recuperação econômica, disse a agência oficial Xinhua em uma leitura detalhada da Conferência de Trabalho Econômico Central anual realizada de 11 a 12 de dezembro, durante a qual os principais líderes definiram as metas econômicas para o ano seguinte.

“Os preços na China estão baixos, os níveis de dívida do governo central não estão altos e há condições para fortalecer a implementação de políticas monetárias e fiscais”, disse a Xinhua, citando o gabinete da Comissão Central de Assuntos Financeiros e Econômicos.

Ainda assim, persistem bloqueios no ciclo econômico doméstico, já que a demanda, o consumo e o investimento empresarial continuam fracos.

No próximo ano, as autoridades do partido disseram que a China procurará mudar de uma recuperação pós-pandemia para um crescimento sustentado do consumo.

No mês passado, o Fundo Monetário Internacional revisou para cima sua previsão de crescimento a China a 5,4% este ano, atribuindo a revisão a uma “forte” recuperação pós-Covid. O governo estabeleceu uma meta de cerca de 5%.

A segunda maior economia do mundo também cultivará novas áreas de crescimento do consumo, como casas inteligentes, recreação, turismo e eventos esportivos.

Os efeitos da emissão de títulos deste ano, cortes nas taxas de juros, redução de impostos e taxas e outras políticas continuarão no próximo ano, segundo a Xinhua.

A China também continuará a monitorar seu mercado imobiliário e atenderá às necessidades razoáveis de financiamento das empresas imobiliárias.

“Com os esforços conjuntos de todas as partes, os objetivos da política de prevenção de riscos imobiliários e estabilização do mercado podem ser totalmente alcançados”, disse a Xinhua.

Fechamentos na Ásia

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,64%, a 32.758 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,97%, a 16.629 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,40%, a 2.930 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,36%, a 3.329 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,13%, a 2.566 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,12%, a 17.652 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,11%, a 3.113 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,22%, a 7.426 pontos.