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A aprovação é fundamental para a recuperação da Americanas. O plano precisa agora ser homologado pela Justiça, o que daria início a um período de dois anos para a empresa executá-lo.
O plano envolve injeção de 12 bilhões de reais por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Além de 12 bilhões em conversão de dívida em ações da empresa.
Segundo o administrador judicial, credores trabalhistas e pequenas empresas não participaram da votação. Não houve alteração nas condições de pagamento acertadas com as partes, que representam menos de 1% da dívida da Americanas.
A aprovação já era esperada, já que a Americanas, ao longo das últimas semanas, vinha anunciando a obtenção de apoio dos principais credores, como Bradesco, Santander, Itaú e Safra.
Os credores, contudo, chegaram a considerar a suspensão da votação do plano de recuperação judicial e prorrogação para 22 de janeiro, após serem incluídas pequenas mudanças à proposta de reestruturação. No entanto, a proposta foi rejeitada por maioria dos votos.
A proposta aprovada pelos credores também inclui a obrigação da Americanas de vender a cadeia de hortifrúti Natural da Terra e sua participação de 70% na Uni.Co, que opera franquias como Puket e Imaginarium.
As vendas da unidade digital da Americanas e da fintech Ame também são possibilidades, mas elas não são obrigatórias pelo plano.
A Americanas entrou com pedido de recuperação judicial no início deste ano após descobrir inconsistências contábeis de mais de 20 bilhões de reais.
O papel da empresa acumula desvalorização de mais de 90% neste ano, embora tenha recuperado algum terreno em relação à mínima histórica de 67 centavos atingida em setembro.