CEO da Oncoclínicas construiu a maior instituição privada de oncologia da América Latina

25 de dezembro de 2023
Divulgação/Cláudio Gatti

Médico pela UFMG, Ferrari se especializou em oncologia nos Estados Unidos e voltou ao Brasil para fundar a Oncoclínicas

Em 2010, Bruno Ferrari abriu uma clínica em Belo Horizonte com nove profissionais e 10 cadeiras de tratamento. Hoje, a Oncoclínicas &Co é considerada a maior instituição privada de oncologia da América Latina, com 135 unidades em 36 cidades e 14 estados brasileiros. Nos últimos dois anos, comprou 12 empresas; nos últimos 12 meses, registrou receita líquida de R$ 5 bilhões; e, no último semestre, aumentou o número de procedimentos em 43,6%. 

  • Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

“Os resultados evidenciam o trabalho da nossa gestão”, diz Ferrari, que descreve sua liderança como descentralizada e franca. “Delego responsabilidades constantemente e acredito que uma das minhas principais características seja a transparência. As pessoas têm certeza do que penso.” O CEO baseia suas estratégias em quatro pilares: sustentabilidade, governança clínica, dados e tecnologias avançadas e qualidade assistencial. Além disso, mantém-se atento a pautas de diversidade, ética, meio ambiente e legado social – como comprova a conquista recente dos selos Women on Board (que reconhece a diversidade de gênero) e Great Place To Work (que certifica a qualidade do ambiente de trabalho). 

Formado em medicina pela UFMG, Ferrari vivenciou o que considera o ponto transformador de sua carreira aos 27 anos, quando viajou para Houston (EUA), para se especializar em oncologia pelo M.D. Anderson Cancer Center e pela Oncology Consultants. “Voltei para o Brasil com um sonho: contribuir para a melhoria da qualidade assistencial aos pacientes oncológicos no país. A partir desse desse forte desejo, fui guiado pelo propósito de ‘vencer o câncer’, que é a missão da Oncoclínicas &Co há mais de uma década.

Assim, criou um modelo de cuidado integral e integrado, oferecendo desde o diagnóstico de precisão a tratamentos de alta complexidade e acompanhamento individualizado, sem perder o foco na acessibilidade. “Inovações devem sempre vir acompanhadas de sustentabilidade. O grande desafio da oncologia, além de vencer a doença, é democratizar o acesso aos tratamentos”, diz. 

Leia também:

A intensa rotina de CEO é equilibrada com uma pacata vida no sítio, onde mora com a mulher, as filhas e “muitos cachorros”. “Não faria sentido desempenhar um papel importante nos negócios, gerir uma empresa com mais de 8 mil colaboradores e abraçar a missão desafiadora de vencer o câncer sem chegar em casa com a consciência tranquila de que minha família é amada e bem cuidada”, pondera. “Eu vou trabalhar sabendo que está tudo bem em casa e vou para casa sabendo que está tudo organizado no trabalho.” 

Questionado sobre que conselho daria a jovens empreendedores, ressalta: “Acredite no seu sonho, estude, tenha foco e dedicação. Encontre pessoas confiáveis e com os mesmos objetivos que os seus. E não diga sim quando você quer dizer não”.

Veja quem são os melhores CEOs do Brasil em 2023:

Alberto Griselli, CEO da Tim Brasil
Bruno Ferrari, CEO da Oncoclínicas
Carla Fonseca, CEO da Smiles
Isabella Wanderley, CEO da Novo Nordisk
Marcello Guidotti, CEO da EcoRodovias
Milton Maluhy, CEO do Itaú
Pedro Bartelle, CEO da Vulcabras
Ricardo Mussa, CEO da Raízen
Tarciana Medeiros, CEO do Banco do Brasil
Tereza Santos, CEO da Sympla

*Reportagem publicada na edição 112 da revista Forbes, em setembro de 2023.